Autor de boatos pela Internet na China é julgado em Pequim

Um homem foi julgado na quinta-feira (14) por espalhar vários boatos na internet e lucrar com isso, informou um tribunal de Pequim. Yang Xiuyu, com o nome de usuário "Li'erchaisi", foi a julgamento no Tribunal Popular Distrital de Chaoyang.

Qin Zhi Hui

Yang, de 41 anos e fundador da Companhia Erma, foi acusado de inventar informações para atrair seguidores no Weibo.com, popular serviço de microblog da China, disse o tribunal em uma declaração.

Em 2011, Yang fechou um negócio com uma empresa cultural para fazer um viral como propaganda de um artista de sobrenome An. Na trama de Yang, An usava roupa de monge a bordo de um barco em um lago no centro de Pequim com duas mulheres jovens. O vídeo sobre esse "caso" foi divulgado na internet fazendo com que os internautas acreditassem que um monge tinha um caso.

A empresa de Yang recebeu pelo menos 170 mil iuanes (US$ 27,5 mil) como remuneração, disse o tribunal.

Yang também estava por trás de mais mentiras em 2012, das quais se destacou a história de uma modelo que declarou que o "papai" dela prometeu uma viagem de avião fretado para assistir aos Jogos Olímpicos de Londres, ao custo de 8,88 milhões de iuanes. Esse rumor causou aversão entre os internautas.

O boato tinha como objetivo fazer propaganda de pacotes turísticos para Londres de uma agência de viagem, e a empresa de Yang recebeu 190 mil iuanes.

O tribunal também descobriu que a empresa de Yang ganhou mais de 530 mil iuanes entre 2008 e 2013 para divulgar falsas informações e apagar mensagens prejudiciais a seus clientes. Lu Mei, funcionária da empresa, também foi levada à justiça e confessou esses atos. O tribunal não anunciou o veredito.

Qin Zhihui, ex-funcionário de Yang e conhecido como "Qinhuohuo" (Fogo Qin) no ciberespaço, confessou em abril no julgamento realizado no mesmo tribunal que tinha propagado rumores sobre celebridades e governos do país.

Qin foi a primeira pessoa a ser acusada por divulgação de boatos desde que o Ministério da Segurança Pública do país decidiu em agosto de 2013 combater quem espalhasse rumores da internet.

Fonte: Xinhua