México não cumprirá Objetivos do Milênio sobre mortalidade materna
México cumpriu até hoje 38 dos 51 indicadores dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), mas ainda restam problemas a serem resolvidos no país, como a mortalidade materna e infantil. De acordo com o chefe da Unidade de Projetos Estratégicos da Presidência, Gabriel Rivera, a 500 dias de vencer o prazo das metas estabelecidas pela ONU, este país atingiu 74,5% delas, ao qual se somam outros cinco indicadores que deverão ser cumpridos até 2015.
Publicado 20/08/2014 11:56

No entanto, em entrevista à imprensa, Rivera reconheceu que o México não poderá alcançar a tempo o objetivo de reduzir a mortalidade materna em três quartos, ainda que os avanços neste sentido tenham sido bastante significativos.
Tais declarações acompanharam o evento "Conta Regressiva, 500 dias para o cumprimento dos ODM: Desafios, avanços e expectativas para a agenda de desenvolvimento 2015-2030', realizado nesta terça-feira (19) na Secretaria de Relações Exteriores.
Durante esse encontro, foi divulgado que no México morrem 42,3 mães em cada 100 mil partos, um número que está muito acima da meta de 22,2.
Segundo María del Carmen Díaz, diretora da organização World Vision México, as mulheres continuam morrendo ao dar a luz por falta de atenção especializada, fundamentalmente em estados como Chiapas, Guerrero e Oaxaca.
"O mais preocupante é que em 2012 ainda existiam municípios onde a taxa de mortalidade materna superava 240 mortes relacionadas a complicações no momento de dar a luz", advertiu.
De igual modo, ainda que desde 1990 se reduziram em dois terços as mortes de crianças, a cada ano continuam morrendo por causas preveníveis quase 35 mil menores de cinco anos, 60% dos quais são indígenas.
Perante essa situação, tanto World Vision México como Save the Children chamaram os governos a aumentar o investimento nestes dois objetivos, com o fim de promover estratégias para garantir que mães, recém-nascidos e crianças tenham acesso a serviços de saúde com qualidade.
Segundo divulgado no encontro, será promovida a capacitação de parteiras profissionais e a educação sexual e reprodutiva, incrementarão as consultas médicas à população vulnerável e diminuirão as cesáreas desnecessárias, entre outras ações.
Fonte: Prensa Latina