Venezuela: Ministros colocam cargos à disposição pela "revolução"

O vice-presidente da Venezuela, Jorge Arreaza, anunciou nesta segunda-feira (18) que aqueles que integram o gabinete ministerial decidiram colocar seus cargos a disposição do governo para contribuir com o processo de transformação do Estado, chamado pelo presidente Nicolás Maduro de “a sacudida”, anunciado no fim de junho.

Nicolás Maduro - Rádio Nacional da Venezuela

“Decidimos, como equipe de trabalho, vice-presidentes e ministros, todos em conjunto, colocar nossos cargos à ordem do presidente Nicolás Maduro para que ele tenha a mais absoluta liberdade para tomar as decisões que tenha que tomar quanto à reorganização do governo, do poder Executivo, dos ministérios, dos processos”, afirmou Arreaza, após um Conselho de Ministros realizado no Palácio de Miraflores.

Segundo o vice-presidente, a necessidade de lutar contra a burocracia e a corrupção foi analisada durante a reunião, afirmando que a decisão do gabinete é um “gesto revolucionário” que irá facilitar mudanças necessárias para alcançar maior eficiência governamental “do ponto de vista socialista”.

Leia também:
Maduro inicia "revolução dentro da revolução" por Venezuela socialista
Avião venezuelano chega ao destino final com ajuda humanitária a Gaza
Há 10 anos, Chávez vencia referendo revogatório na Venezuela

Segundo informações publicadas pela Agência Venezuelana de Notícias (AVN), Maduro ativou a etapa de avaliação e recepção de propostas para o processo de transformação no dia 1º de julho, impulsionado pela ideia de “fazer uma revolução dentro da revolução”, com o objetivo de aprofundar a eficiência do Estado.

“Agradeço toda a equipe de ministros que hoje colocou seu cargo à ordem como um gesto que me facilite as mudanças necessárias”, escreveu Maduro no Twitter à noite, após o anúncio.

O ministro de Comunas, Reinaldo Iturriza, por sua vez, ressaltou: “Avança ‘a sacudida’. No Conselho de Ministro decidimos colocar nossos cargos à ordem. Todo nosso apoio, Presidente!”

Da redação do Portal Vermelho,
Com informações da AVN e de agências