Defesa de Julian Assange pede intervenção das Nações Unidas
A defesa do analista e jornalista australiano Julian Assange demanda a intervenção da Organização das Nações Unidas (ONU) no caso, anunciou seu advogado, o jurista espanhol Baltasar Garzón, em declarações difundidas nesta quinta-feira (21). De acordo com ele, "é desumano" o fundador do Wikileaks permanecer encarcerado na sede diplomática do Equador em Londres nestes dois anos, citou o jornal El Telégrafo.
Publicado 22/08/2014 10:34
Durante uma visita à Guatemala para participar do 5º Fórum Esquipulas (dirigido a promover o desenvolvimento da região centro-americana), Garzón advertiu afirmou que busca a intervenção da ONU, por conta do estado indefeso em que se encontra Assange.
Com relação à situação legal, declarou que continua trabalhando para que a liberdade do analista seja reconhecida pelo Tribunal de Apelação de Estocolmo e, se não for assim, recorrerão ao Supremo Tribunal desse país.
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Assange permanece aprisionado na embaixada na qualidade de exilado político para evitar ser deportado à Suécia, onde o acusam de supostos delitos sexuais, mas ele assegura que é uma estratégia para depois entregá-lo às autoridades estadunidenses.
O governo norte-americano persegue o jornalista, pois em 2010 o Wikileaks publicou milhares de informações confidenciais e documentos sobre as irregularidades e violações cometidas por Washington nas guerras do Iraque e do Afeganistão, entre outros temas.
Apesar do Equador ter concedido-lhe asilo político, o Reino Unido nega um salvo-conduto para que possa viajar à nação sul-americana, por isso se viu obrigado a permanecer na sede diplomática por mais de dois anos.
Fonte: Prensa Latina