Síria nega que EUA tenham feito operações militares em seu território

O Exército dos Estados Unidos não fizeram nenhum bombardeio ou qualquer outra operação militar no território da Síria, garantiu o ministro da Informação sírio, Omran al-Zoubi, nesta quinta-feira (21), durante uma entrevista para o canal de notícias libanesa Al-Mayadeen.

Siria - Khalil Ashawi/Reuters

“Também gostaria de deixar claro que o exército sírio total capacidade e experiência suficiente para resolver os problemas locais”, disse.

A declaração ocorreu porque o Pentágono havia afirmado, na quarta-feira (20), que as forças norte-americanas realizaram operações militares dentro do território sírio para libertar reféns em poder do grupo conhecido como Estado Islâmico que tem ocupado partes da Síria e do Iraque.

Al-Zoubi disse ainda que "ninguém no mundo pode acusar a Síria de terrorismo porque o país tem sido sempre uma parte fundamental em todas as questões relativas à paz e à segurança internacionais."

O Ocidente, com os Estados Unidos na liderança, acusou repetidamente o presidente sírio, Bashar al-Asad, de não tendo legitimidade para liderar o país árabe e lutar contra os grupos terroristas.

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O ministro da Informação sírio observou que a posição de seu país contra o terrorismo sempre foi clara. Damasco "não vai fechar a porta para a cooperação, para combater os grupos extremistas financiados por alguns países estrangeiros que operam de forma organizada por quase três anos por aqui”.

O governo sírio acusa EUA e outros países ocidentais e regionais, incluindo a Arábia Saudita, de fornecer apoio financeiro, logístico e armas para os grupos terroristas que combatem o governo da Síria.

ONU: Mais de 191 mil pessoas morreram na Síria

Mais de 191 mil pessoas morreram por conta da crise que ocorre na Síria desde meados de março de 2011, apontou nesta sexta-feira (22) a ONU.

Segundo o levantamento das Nações Unidas, a estimativa é de que 191.369 pessoas perderam a vida até abril deste ano. A ONU culpou a "paralisia internacional" em relação à síria pelo número expressivo de mortes no país. Na avaliação da entidade, a comunidade mundial deveria ter tido uma postura mais participativa na tentativa de evitar a tragédia.

Da redação do Vermelho,
com informações da HispanTV