Para Rússia, sanções podem colocar em risco segurança internacional

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, advertiu que a adoção de novas sanções contra o seu país podem ameaçar a segurança internacional. “Sabemos que as sanções primeiro são econômicas, depois continuam com respostas políticas que são sempre assimétricas. E isso é pior que a restrição de bens: pode produzir a quebra do sistema de segurança no mundo”, disse o chefe do governo russo.

Premiê russo Dmitri Medvedev

Por outro lado, ele manifestou confiança de que as potencias ocidentais não queiram perturbar a segurança internacional, pois “entre os que tomam decisões não há loucos”.

Em consequência das sanções que vêm sendo aplicadas, os russos estão intensificando as parcerias com os países da América Latina como Brasil, Venezuela e Equador. Recentemente, o presidente equatoriano, Rafael Correa, ironizou a pressão norte-americana para que as nações latino-americanas participassem das restrições comerciais à Moscou.

Além disso, os EUA vêm tentando exercer o mesmo tipo de pressão em seus parceiros na Ásia: Coreia do Sul e Japão. Os coreanos, até o momento, conseguiram resistir às investidas e têm mantido as parcerias comerciais com os russos. O Japão adotou medidas restritivas, mas salientou à Rússia que não teve alternativas. O país nipônico afirma depender militarmente dos norte-americanos, o que o deixaria em uma posição vulnerável diante de um pedido de Washington.

Na sexta-feira (5), a União Europeia aprovou uma nova rodada de sanções contra a Rússia devido à crise ucraniana e que serão aplicadas formalmente a partir desta segunda-feira (8), mas podem ser suspensas se o cessar-fogo for colocado em prática de forma estável.

Representantes do governo da Ucrânia e da população do leste do país, local no qual se concentra a maioria das pessoas contrárias ao atual governo ucraniano, firmaram na sexta-feira um acordo de cessar-fogo, com mediação da Rússia e da Organização para Segurança e Cooperação na Europa.

As sanções adotadas pela União Europeia desagradam boa parte da população dos países membros já que os russos são um importante parceiro comercial de diversas empresas e de muitos agricultores. Além disso, setores europeus temem uma represália da Rússia, detentora de grandes reservas de gás e petróleo, estratégicos para a economia europeia.

Da redação do Vermelho,
com informações da Agência Brasil