Líder do Hezbollá pede diálogo para resolver crises

O Hezbollá criticou, nesta terça-feira (9), o uso do sequestro para forçar a libertação dos soldados islamitas sírios que estão detidos.

Hezbolá - Al-Ghadeer TV

Em um comunicado divulgado pelo jornal As-Safir, o vice-secretário-geral do Hezbollá, Sheikh Naim Qassem, pediu para que as pessoas se abstenham de adotar os mesmos métodos dos terroristas sunitas do Estado Islâmico (EI).

Qassem foi convidado para o diálogo entre os diferentes grupos políticos no Líbano, na tentativa de conciliar os litígios pendentes e reduzir o estresse. Ele incitou o movimento 14 de março a parar de justificar as ações de takfiristas (terroristas islâmicos sunitas).

“Esses grupos armados não reconhecem ninguém e até mesmo prejudicam aqueles que dizem proteger”, disse o líder.

O EI, conhecido em árabe como Daesh, e a Frente Al-Nusra, são uma grande ameaça para o Líbano, advertiu Qassem.

“A única opção para o sucesso está em reconhecer que o Líbano é um país diverso, que só pode ser regido pelo entendimento entre os seus filhos, porque nenhuma força tem o poder de isolar o outro”, disse ele.

As declarações do segundo homem forte do Hezbollá coincide com os novos confrontos entre o exército libanês e as milícias islâmicas da Síria na região fronteiriça de Arsal e Bekaa, um mês depois de um ataque que deixou dezenas de mortos e 35 soldados capturados.

Além disso, a mídia local refere-se a supostas tensões dentro do gabinete do primeiro-ministro, Salam Tammam, por causa da situação dos refugiados sírios.

Esta atual crise no país começou quando homens armados da família Al-Masri sequestraram quatro moradores da cidade de Arsal, nesta segunda-feira (8), para pressionar o governo a libertar o soldado Ali Zeid Al-Masri, que junto com outros 26 soldados islamistas, esta preso a mais de um mês.

Em uma rara aparição na televisão, o primeiro-ministro Salam pediu apoio para diplomatas de vários países, políticos e líderes religiosos para evitar uma maior deterioração da situação de segurança no país.

Da redação do Vermelho,
com informações da Prensa Latina