Osmar Júnior quer continuar luta pela distribuição de renda 

Na manhã de sábado (13), o candidato deputado federal pelo PCdoB do Piauí, Osmar Júnior, participou da série de entrevista “Candidato Responde” realizada pelo site 180graus. O candidato à reeleição disse que pretende manter sua luta de 30 anos em defesa da democracia, do fortalecimento da economia e da distribuição de renda. Como representante de um dos estados mais pobres do Brasil, ele também mobiliza esforços do seu mandato para garantirequilíbrio entre as regiões do país. 

Osmar Júnior quer continuar luta pela distribuição de renda - 180graus

180graus: Com a sua experiência, como o senhor pensa que pode ajudar o Piauí com um mandato de deputado?
Osmar Júnior: Eu quero continuar um trabalho que iniciamos a pelo menos 30 anos atrás quando eu decidi pela vida pública, pela militância política. Primeiro é a defesa da democracia. Eu acho que um país para se desenvolver ele precisa ter um regime democrático, aberto a participação de todos. Segundo é uma política nacional de desenvolvimento que tenha como centro fortalecer a economia e distribuir renda. E a terceira é em defesa de um equilíbrio entre as regiões do Brasil. O Brasil foi um país que a sua economia cresceu e infelizmente com um modelo concentrador da renda primeiro no estado de São Paulo, depois na região Sudeste. Equilibrar essa distribuição da renda é fator decisivo para garantir que o país cresça e gere uma qualidade de vida melhor para o seu povo. Então, esses são os três eixos básicos da nossa militância política e exercício do mandato.

O senhor já tem algum projeto especifico de trabalho para o seu mandato?
Nós focamos no que nós chamamos de justiça tributária. Os principais projetos que apresentei estão dentro da linha de propiciar condição a política tributária brasileira para que a arrecadação de impostos possa ser mais justa. O que significa isso? O Brasil tem um modelo de arrecadação em que os que ganham menos pagam mais. O principal imposto está vinculado ao consumo da população, não é a sua renda, não é aquilo que ele ganha. Então nós estamos orientando no sentido de fazer com que a apolítica tributária brasileira seja mais justa. Então justiça tributária é a nossa principal bandeira. Nós apresentamos vários projetos, mas vou aqui falar de apenas dois. Primeiro, é a retirada dos impostos que incidem sobre os produtos da cesta básica. Não é correto um país tributar aquilo que o povo come e que é básico para o povo . A presidenta Dilma fez uma política de desoneração da cesta básica e hoje o Governo Federal não mais arrecada de forma substancial recursos a partir da cesta básica. O outro foi relativo as motocicletas, que pagam um volume da taxas assustadoras para o licenciamento. Ee quem tem menos é quem tem moto, e acaba pagando mais do que quem tem um carro de luxo. Então nos propusemos isentar completamente o proprietário de motocicletas desses tributos.

O senhor acha que dá para separar a vida pessoal da vida parlamentar ?
Não é fácil. Seria bom se pudéssemos, mas quando optamos pela vida pública, a gente sabe que terá um comprometimento da vida privada. O homem público tem que ter uma vida transparente, sobretudo no que diz respeito aos seus posicionamentos, a sua forma de se comportar e sobre as suas rendas, que somos obrigados todo ano a publicá-la. É muito difícil separar vida privada da vida pública.

Quem é o candidato que o senhor quer que seja eleito governador do Piauí? O senhor pode dizer que vota de graça em seu candidato ou seu apoio está condicionado à troca de favores?
Eu trabalho pela reeleição do governador Zé Filho. Nós temos um acordo político que foi consagrado na nossa convenção quando formalizamos uma coligação. Nós trabalhamos a reeleição do governador Zé Filho por que entendemos que ele reúne um bloco maior de forças políticas para enfrentar os desafios do crescimento que o Piauí precisa. Eu sempre digo que precisamos crescer mais do que os outros e dirigir o Piauí nessa direção não é tarefa de um só homem, nem mesmo de um só partido, é uma tarefa que requer uma grande união e o governador Zé Filho, que é do PMDB, que é um partido que tradicionalmente temos aliança, conseguiu juntar, unir mais forças, e essa razão que nos juntou a essa coligação para que o trabalho seja realizado.

É de sua vontade indicar ou ser o senhor mesmo um secretário de Estado, caso seu candidato majoritário vença as eleições?
Olha, o meu objetivo é ser reeleito deputado federal, e eu espero que seja. Vou exercer o mandato como nos dois últimos que fiz. Quanto a composição de governo, essa será uma tarefa que ele vai exercer e é claro, acredito eu, que cumprirá essa missão ouvindo os partidos e lideranças que participaram da sua campanha e eleição. Com certeza o PCdoB será ouvido e tomaremos decisões, mas secretariado é coisa para ser tratado depois da eleição.

Considerações Finais
Eu pela terceira vez consecutiva me candidato a deputado federal, me apresento ao povo do Piauí, pedindo apoio, pedindo voto e me comprometendo a trabalhar para exercer um mandato com responsabilidade, fundado na defesa da democracia, fundado na defesa de um modelo econômico que priorize a economia nacional, que tenha como foco a distribuição renda, trabalhando para garantir um equilíbrio entre as regiões, desconcentrar a economia brasileira, permitindo que o Nordeste cresça numa velocidade maior. O Piauí é um estado que sofreu muito no século 20 e precisa recompor a sua posição, precisa portanto crescer mais do que os outros. Quero continuar sendo representante para, ao lado de outros parlamentares e forças políticas, fazer a defesa de maiores investimentos para a nossa terra.

Fonte: 180graus.com