Crise no Iêmen obriga a suspensão de voos internacionais
A crise política entre o clã Houthi e o governo do presidente iemenita, Abd Rabu Manour Hadi, obrigou a suspensão nesta sexta-feira (19) dos voos internacionais, o que deixa o país em isolamento parcial do resto do mundo.
Publicado 19/09/2014 16:20

As linhas aéreas árabes e internacionais informaram que suspenderam seus voos durante 24 horas devido aos acontecimentos neste país da Península Arábica e que a decisão pode ser estendida ou revisada, dependendo do curso dos acontecimentos.
Forças de Ansarullah, o braço armado do clã xiita Houthi, pressionam seu caminho para esta capital com uma série de ações que só no decorrer das últimas 48 horas causaram quase meia centena de baixas nos dois lados.
A crise entre as autoridades e os Houthi, mediadas pelo enviado da ONU para o Iêmen, Jamal Bin Omar, complicou no começo desta semana quando estes suspenderam o diálogo com os primeiros por desacordos em questões básicas.
As partes não chegaram a um entendimento sobre a data de levantar os acampamentos de protesto Houthi, retirada de suas forças da província setentrional de Amran e o fim das hostilidades na de Al-Jawf, confiou uma fonte diplomática a Prensa Latina.
Os Houthi consideram-se discriminados pela maioria sunita no governo e impugnam o acordo de federação do país em seis regiões decidido no Diálogo Nacional a princípios deste ano por considerar que os encerra em uma zona carente de recursos naturais e sem saída ao mar.
Outro ponto de divergência é a postura anti Houthi do general Ali Mohsen, chefe de uma Brigada Blindada parte da qual está instalada nesta capital, onde a maioria da população professa o Islã Xiita e simpatiza com os Houthi.
Fonte: Prensa Latina