New York Times critica decisão de Obama de atacar jihadistas na Síria

O presidente estadunidense, Barack Obama, tomou uma decisão errada ao expandir para território sírio os ataques aéreos contra o Estado Islâmico (EI), assinala nesta quarta-feira (24) um editorial do jornal The New York Times.

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O presidente pôs os Estados Unidos no centro de uma guerra crescente contra os jihadistas sem permitir um debate público antes do país entrar em outro conflito potencialmente longo e caro no Oriente Médio, acrescenta o jornal.

Obama assegura que está devidamente justificada sua decisão de atacar os extremistas, mas esta afirmação não foi provada ou examinada pelo Congresso e os cidadãos carecem da informação necessária para julgar essas ações, agrega o texto.

Segundo a publicação, o presidente não proporcionou uma explicação integral a respeito da forma que esta campanha bélica degradará as capacidades dos grupos extremistas sem provocar consequências incalculáveis em uma região violenta e volátil.

A Casa Branca assegura que tem a autoridade que precisa para realizar estas ações militares, mas a notificação ao Congresso em essência não substitui a autorização do mesmo para uma campanha deste tipo.

Enquanto isso, o Legislativo, agora em recesso, fracassou em fazer valer suas responsabilidades constitucionais e seus integrantes saíram de Washington para realizar campanhas com vistas às eleições de novembro "e evadiram de forma descarada uma votação sobre este importante assunto", agrega o Times.

Embora as pesquisas mostrem um apoio público aos golpes aéreos na Síria, isto pode ser transitório, porque é pouco provável que os estadunidenses aprovem uma campanha prolongada se não compreendem seus objetivos ou a possibilidade de que esta tenha sucesso, conclui o editorial.

Segundo o Departamento de Defesa, os Estados Unidos lançaram cerca de 16 ataques aéreos e foguetes contra o EI na Síria esta semana e 194 dentro do Iraque desde agosto passado.

Fonte: Prensa Latina