Síria exige que EUA parem com o apoio a extremistas sírios
O ministro de Relações Exteriores da Síria, Walid al Moallem, exigiu, nesta terça-feira (23), aos Estados Unidos e a seus aliados que deixem de financiar, treinar e armar os grupos extremistas que operam na Síria.
Publicado 23/09/2014 13:08
“Se Washington fosse sério na luta contra o terrorismo teria lançado sua estratégia no marco das Nações Unidas sem excluir a Rússia, Irã e Síria”, afirmou o chanceler em uma entrevista com o canal Russia Today.
Além disso, reiterou que qualquer ataque unilateral contra a Síria com o pretexto de combater o terrorismo será considerado uma agressão e advogou por uma ampla coalizão para derrotar esse flagelo.
“Mantemos nossa mão estendida para a cooperação e a coordenação com outras nações com o fim de derrotar a organização radical Estado Islâmico (EI)”, assegurou.
Nesse sentido, revelou que "alguns países europeus efetuam contatos com a Síria através de seus serviços de inteligência para obter informação sobre seus cidadãos que lutam nas organizações terroristas".
Al Moalem destacou que os ataques aéreos do Pentágono contra posições do EI não darão frutos sem coordenação com os atores sobre o terreno.
“A Casa Branca engana o mundo ao dizer que não vai coordenar com o governo de Damasco mas com a suposta oposição moderada, que é tão criminosa quanto o EI e a frente Al Nusra, braço da Al Qaeda neste país”.
Existem sérias dúvidas sobre o desejo dos Estados Unidos e seus aliados em conseguir uma solução política na Síria, já que treinam grupos armados para que continuem seus ataques, destacou.
As declarações do chanceler coincidem com o início, nesta madrugada, de ataques aéreos norte-americanos contra posições do EI na oriental província síria de Al Raqqa.
Um breve comunicado do ministério de Relações Exteriores assinalou que os Estados Unidos informou ao representante permanente da Síria na ONU, Bashar Jaafari, sobre o início das incursões.
Fonte: Prensa Latina