Obama defende na ONU uso da força contra extremistas na Síria

O presidente estadunidense, Barack Obama, defendeu nesta quarta-feira (24) sua estratégia de usar a força para combater o Estado Islâmico (EI), em particular a expansão a território sírio dos bombardeios contra esse grupo jihadista.

Obama discursa na ONU

O presidente afirmou na Assembleia Geral da ONU que os Estados Unidos têm um papel crucial a desempenhar na organização da resposta internacional contra esse grupo terrorista e assegurou que cerca de 40 países apoiam a campanha norte-americana contra o EI.

Obama chamou outras nações a se unirem às ações militares lideradas por Washington para primeiro debilitar e depois destruir o EI.

Também prometeu que seu país não usará tropas terrestres nestas operações nem ocupará nenhum território, diante dos crescentes temores na opinião pública estadunidense sobre a possibilidade do início de uma nova guerra.

Destacou também a necessidade de resolver os conflitos sectários que se trensformam em instabilidade político-social e são a base para o fortalecimento das organizações terroristas, além de dizer que as nações membros da ONU devem apresentar planos concretos para o combate aos extremistas.

O discurso de Obama acontece no meio de fortes críticas em setores políticos e da imprensa nos Estados Unidos a respeito de sua decisão de estender à Síria os ataques contra os jihadistas islâmicos, ação qualificada como um erro hoje por um editorial do jornal The New York Times.

Além disso, pesquisas recentes mostram que, apesar de uma parte da opinião pública apoiar as ações bélicas contra a Síria, somente um terço dos estadunidenses aprovam em geral a forma como Obama dirige a política exterior norte-americana.

O chefe da Casa Branca presidirá nesta quarta-feira uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, numa tentativa de conseguir que os países membros adotem uma resolução destinada a apoiar os esforços para deter o fluxo de combatentes estrangeiros que se unem ao EI.

Fonte: Prensa Latina