Presidenta do Chile considera que o mundo vive um ciclo de crises

Guerras regionais, tensões étnicas e religiosas, mudanças climáticas e fragmentação de alguns Estados, foram temas expostos, nesta quarta-feira (24), como um “ciclo de crises do século 21” pela presidenta do Chile, Michelle Bachelet, durante a Assembleia Geral da ONU.

Michelle Bachelet durante assembleia geral da ONU - ONU

Em seu discurso, Bachelet destacou que apesar do progresso inegável dos tempos atuais, “paradoxalmente, vivemos um ciclo de crises”. Sinalou, entre elas, o crescimento das desigualdades sociais e o terrorismo, que ameaçam a paz, a segurança, os direitos humanos e o desenvolvimento da democracia.

A presidenta expressou sua solidariedade com as vítimas e, ao mesmo tempo, sua condenação taxativa ao uso da violência. “Cremos que a comunidade internacional deve buscar soluções políticas e negociáveis”, afirmou.

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“A oposição do Chile é clara: cremos que há de cuidar o princípio da integridade territorial e velar pelos direitos das minorias. Cremos que é possível uma solução que evite uma escalada de violência”, destacou.

Bachelet defendeu a reforma do Conselho de Segurança da ONU, que classificou como “uma tarefa pendente que exige decisão política e ação”.

“Reiteramos nosso apoio à ampliação do Conselho e as aspirações da Alemanha, Brasil, Japão e Índia para serem integrados com membros permanentes”, disse.

Como ex diretora da ONU Mulheres, reafirmou que o tema feminino, paz e segurança é um assunto prioritário para o Chile na agenda do Conselho de Segurança.

“A luta que temos feito para empoderar as mulheres e impulsionar iniciativas capazes de frear a violência tem sido incessante. Graças a estes esforços, a mulher hoje está no centro da nova arquitetura de desenvolvimento da paz”.

Em outro momento, a presidenta ratificou novamente o compromisso da América Latina e Caribe com o desenvolvimento sustentável, a segurança, a qualidade de governança e principalmente a desigualdade.

De acordo com a presidenta, atualmente no Chile existe uma convicção sobre a necessidade de mudança, uma mudança que aponta precisamente para reduzir substancialmente a desigualdade.

Além disso, Bachelet fez uma exposição detalhada do compromisso de sua administração com uma série de reformas, como a tributária, trabalhista e de educação, como objetivo de dotar os chilenos de melhores perspectivas de vida.

Fonte: Prensa Latina