Bancários rejeitam propostas dos bancos e aprovam greve nacional

Sindicatos de bancários em todo o país realizaram assembleias na noite desta quinta-feira (25) e rejeitaram maciçamente a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), entidade que representa o setor patronal e decretaram greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (30).

bancários em greve foto BB Manoel Porto

Os funcionários dos bancos públicos também rejeitaram as propostas feitas pelas instituições para as pautas de reivindicações específicas e paralisarão as atividades em conjunto com os trabalhadores dos bancos privados.

Os bancários ainda decidiram realizar novas assembleias na próxima segunda-feira (29). A categoria acatou a orientação dos dirigentes sindicais de rejeitar as propostas dos bancos, por considerá-las insuficientes. A Fenaban propõe reajuste de 7% nos salários (0,61% de aumento real), 7,5% no piso (1,08% acima da inflação), entre outros itens, e de 7% nos valores da PLR (participação nos lucros ou resultados).

A categoria também reivindica avanços em cláusulas como emprego, condições de saúde e segurança nos locais de trabalho, além de igualdade de oportunidades, entre outras.

As principais reivindicações da campanha nacional da categoria são:

• Reajuste salarial de 12,5%, sendo 5,8% de aumento real (inflação de 6,35%);

• PLR – três salários mais R$ 6.247;

• Piso – salário mínimo do Dieese (R$ 2.979,25);

• Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá – salário mínimo nacional (R$ 724);

• Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão considerada excessiva e prejudicial pelo cumprimento de metas de produção – como vendas de seguros, cartões de crédito e demais produtos bancários –, que têm provocado alto índice de adoecimento entre a categoria;

• Fim das demissões injustificadas, ampliação das contratações, combate às terceirizações e precarização das condições de trabalho;

• Investimento em segurança de trabalhadores e clientes nas agências bancárias.

Fonte: CTB