Assembleia Geral da ONU condena bloqueio dos Estados Unidos a Cuba

Presidentes, primeiros ministros e chanceleres de mais de 35 países dos cinco continentes expressaram seu rechaço ao bloqueio econômico dos Estados Unidos contra Cuba durante a Assembleia Geral da ONU, que encerra nesta terça-feira (30).

Bloqueio a Cuba gerou perda de US$ 1,1 trilhão em meio século - Latuff

A expectativa é que as intervenções desta jornadas da Assembleia Geral da ONU ratifiquem novamente a condenação ao cerco econômico, comercial e financeiro de Washington como um dos temas mais tratados neste debate.

Nesta segunda-feira (29), 13 presidentes abordaram a questão do boqueio durante a plenária dos 193 membros da organização, discursos que foram dominados por manifestações contra a atitude da Casa Branca que impôs o embargo à ilha há mais de meio século.

“Cuba envia seus engenheiros, professores e médicos a todo o mundo para melhorar a vida de outros países. Não é hora de acabara com as atitudes da guerra fria? e se não agora, quando? Não é hora de pôr fim ao embargo? E se não agora, quando?”, advertiu o chanceler de Granada, Nickolas Steele.

O ministro de Relações Exteriores do Uruguai, Luís Almagro, qualificou o bloqueio norte-americano como um “exemplo claro de medida coercitiva unilateral e extraterritorial” que contrapõe as regras do Direito Internacional e os princípios da Carta da ONU.

“Expressamos nosso mais filme rechaço ao cerco e reclamamos também de forma inequívoca que a ilha seja retiradas da lista de países que amparam o terrorismo, elaborada a cada ano pelo Departamento de Estado Norte-americano”, disse.

Já o titular de Assuntos Exteriores de Lesotho, Mohlabi Tsekoa, afirmou que é preciso desaparecer da história do nosso temo, manchas como as do bloqueio da maior das Antilhas.

O vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, também defendeu o fim do castigo contra Cuba, a partir das limitações ao desenvolvimento e as violações às normas de Direito Internacional que ele representa.

Mais uma série de presidentes e ministros se somaram ao pedido de levantamento do bloqueio. Já haviam condenado o embargo outros chefes de estado, entre eles, da Venezuela, Bolívia, Rússia, Vietnam, Argélia, Jamaica, República Popular da Coréia, África do sul, El Salvador, Moçambique, Tuvalu, Namíbia, Trinidad e Tobago, Dominica, Guiana, Antígua e Barbuda, Sri Lanka, Gabão, Gana Peru, Tanzânia, Gâmbia e Chade.

Fonte: Prensa Latina