Bancos propõem reajuste de 8,5%; paralisação pode chegar ao fim

Nesta sexta-feira (3), após quatro dias de greve dos bancários, a Federação Nacional dos Bancos elevou a proposta de reajuste salarial de 7,35% para 8,5%, o que encaminha o movimento de paralisação para o final. 

Negociação dos bancários em SP - Foto: Portal CTB

Ao Vermelho, o dirigente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Eduardo Navarro, informou que assembleias serão realizadas na próxima segunda-feira à tarde para avaliar a proposta e indicar o fim ou não da paralisação.

Segundo ele, o reajuste proposto passou de 8% para 9%, o que representa ganho de 2,49% acima da inflação. O vale-refeição teve elevação de 12,2%, chegando a R$ 572 ao mês, ou R$ 26 por dia útil. Já a participação nos lucros e resultados (PLR) fica em 90% do salário mais um bônus de R$ 1.837,99, com um teto de R$ 9.859,93. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 21.691,82.

Balanço da greve pelo Brasil

Navarro ainda indicou os números da greve pelo Brasil e salientou que, até o final do terceiro dia, contabilizou-se a paralisação de mais de 10 mil agências e centros administrativos, aumento de 57,6% em relação ao começo da greve.

Em Chapecó, os bancários realizam nova assembleia na segunda-feira, dia 6, às 16h30, no auditório do Sindicato. Na ocasião, será avaliada a proposta que deve ser apresentada hoje pela Fenaban e bancos públicos.

Na Bahia 839 agências foram fechadas. Isso quer dizer que, das 1.018 unidades, apenas 179 estão abertas. Em Salvador, cidade com maior número de agências, 310 no total, 218 deixaram de prestar atendimento na quinta-feira (2).

No Sergipe, subiu para 134 unidades bancárias fechadas, ou seja, 27 a mais em relação ao primeiro dia de paralisação. As 42 agências da Caixa Econômica Federal foram fechadas. Ou seja, a greve atingiu 100% da CEF no estado. As agências que apareceram como funcionando no relatório do primeiro dia, já estão devidamente fechadas.

Das 18 agências do Banco do Nordeste (BNB) instaladas no Sergipe, apenas as unidades das cidades de Simão Dias, Gararu e Lagarto estão funcionando. As outras agências do BNB em Sergipe aderiram à greve nacional dos bancários e bancárias.

Em Aracaju, no terceiro dia de greve, exceto as agências do Banco do Estado de Sergipe (Banese), todos os estabelecimentos bancários públicos e privados estão fechados.

Em São Paulo a greve segue forte. No centro da capital paulista, a paralisação atinge os complexos São João, CSI e da Rua 15 de Novembro do Banco do Brasil, o edifício Patriarca do Itaú e diversas agências. A Superintendência Regional Ipiranga da Caixa Federal e as unidades de várias instituições financeiras nas vilas Prudente e Formosa e Avenida Conselheiro Carrão, na zona leste, estão fechadas.

Os bancários de agências do centro de Osasco, do bairro do Jaguaré e da cidade de Carapicuíba são outros de braços cruzados. Na zona sul, a paralisação atinge o SAC (Serviço de Apoio ao Cliente) e a CABB (Central de Atendimento) do Banco do Brasil e agências de todas as instituições da Avenida Luis Carlos Berrini e dos bairros do Brooklin e Monções. Está tudo parado nas vilas Maria, Guilherme, Santa Teresinha e na Avenida Agua Fria, na zona norte, bem como na Avenida Paulista e ruas adjacentes. Na zona Oeste, estão de braços cruzados trabalhadores de estabelecimentos das ruas Teodoro Sampaio, dos Pinheiros, Fradique Coutinho e Cunha Gago.

No Rio Grande do Sul, a paralisação cresceu novamente, atingindo 987 agências em todo o estado. Na base territorial do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, que representa 15 municípios da Região Metropolitana, o movimento parou 387 unidades de bancos públicos e privados.

Da Redação
Com informações do Portal CTB