África subsaariana: economia em crescimento

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a economia da África subsaariana deve manter o “crescimento rápido”, atingindo os 5% este ano e os 5,7% em 2015.

República Centro Africana - Mariane Roccelo/ Opera Mundi

De acordo com as previsões do FMI divulgadas nesta segunda-feira, 20, em Washington, “espera-se que as fortes tendências de crescimento dos últimos anos na região da África subsaariana prossigam”, com a economia da região a crescer a um ritmo rápido, “apoiada pela continuação do investimento público em infraestruturas, por setores de serviços dinâmicos e por uma produção agrícola forte”, disse a diretora do Departamento de África do FMI, citada pela Lusa, na apresentação das Perspectivas Económicas Regionais para a África Subsaariana. 

Segundo Antoinette Sayeh, as perspectivas otimistas não impedem a preocupação causada pelo surto do vírus ebola, principalmente na Guiné, na Libéria e na Serra Leoa: “para além do intolerável número de mortes, de sofrimento e de deslocação social, o surto de ebola está a ter um pesado impacto econômico com repercussões econômicas a começarem a materializar-se em alguns dos países vizinhos”.

Para aquela responsável, “o cenário de base de crescimento sólido está condicionado à não materialização de uma série de riscos negativos cada vez mais graves”, já que o “prolongamento ou alastramento do surto de ebola a mais países terá consequências profundas para a atividade nos países afetados e enormes repercussões”.

O FMI adverte ainda para o fato de que, em alguns países, “um crescimento elevado continuado e condições do mercado financeiro mundial favoráveis não têm sido suficientes para evitar a acumulação de dívida e dificuldades de financiamento”, e que a “conjuntura externa cada vez menos favorável, um abrandamento mais pronunciado nos mercados emergentes, em particular na China, ou uma normalização desordenada da política monetária nos Estados Unidos poderão ter um impacto prolongado nas economias da região”.

O FMI recomenda por isso que os governos da generalidade dos países da África subsaariana continuem a “estimular a mobilização da receita orçamental, canalizar as despesas para o investimento em infraestruturas e outras necessidades de desenvolvimento, salvaguardar as redes de segurança social para estimular um crescimento mais inclusivo, e melhorar o ambiente de negócios”.

Fonte: Avante