ONU elogia esforços pela estabilidade no Congo

O enviado especial da ONU para a região dos Grandes Lagos, Said Djinnit, elogiou os esforços das organizações africanas na busca pela estabilidade na República Democrática do Congo (RDC).

José Eduardo dos Santos - Novo Jornal

Djinnit elogiou particularmente a vontade e determinação para resolver o conflito congolês por parte dos países membros da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (ICGLR) e da Comunidade de Desenvolvimento (SADC). Os encontros ocorrem em Luanda, Angola.

“As forças negativas têm perpetuado a violência, desconfiança e evitado que a região alcance seu pleno desenvolvimento em termos socioeconômicos”, denunciou o diplomata argelino nesse fórum.

Também reconheceu a contribuição da Missão de Estabilização das Nações Unidas na RDC (MONUSCO) e suas forças, e prestou homenagem aos homens que pagaram o preço final com as suas vidas para este trabalho.

Djinnit também salientou como parte do processo de paz um acordo com os rebeldes das Forças Democráticas para a Libertação de Ruanda (FDLR).

As FDLR são compostas de membros do antigo exército ruandês e da milícia ruandesa hutu Interahamwe, responsáveis pelo genocídio de 1994 em Ruanda e que fugiram para a República Democrática do Congo (antigo Zaire).

O emissário encorajou igualmente às partes a Declaração de Nairobi para acelerar o processo, incluindo o repatriamento dos elementos da guerrilha Movimento 23 de Março (M23), ainda presentes em Ruanda e Uganda.

Os organizadores da terceira reunião ministerial nesse fórum informaram que a situação política e de segurança na República Centro-Africana (RCA), assolada pela violência étnica por quase dois anos, também foi analisada.

Luanda assumiu a presidência rotativa da ICGLR durante a V Cúpula da organização, realizada em Havana 10-15 janeiro.

Integram a Conferência criada em 1994: Angola, Burundi, RCA, República Democrática do Congo, Quênia, Uganda, Ruanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia e Zâmbia.

Fonte: Prensa Latina