Presidente turco pede intensificação dos bombardeios contra Síria

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, defendeu nesta sexta-feira (31) a intensificação de bombardeios em regiões sírias por parte da coalizão internacional, e não só na cidade de Ayn Al-Arab, conhecida pelos curdos como Kobane.

Primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan - Umit Bektas/Reuters

De acordo com a edição digital do jornal Hurriyet Daily News, o presidente deixou clara sua posição em favor da retirada do poder do presidente sírio, Bashar Al-Assad.

Durante uma visita à França, Erdogan queixou-se de que não se fala nada mais sobre Kobane, localizado junto à fronteira turca, onde não fica quase ninguém, mesmo quando ali permanecem cerca de dois mil combatentes curdos para fazer frente ao EI e defender seu território.

O chefe de Estado protestou contra a grande injustiça que, segundo ele, comete a imprensa internacional ao dar a entender o respaldo de seu país ao Estado Islâmico (EI) por não intervir em Kobane.

Recordou, por outro lado, que há 1,6 milhão de refugiados na Turquia procedentes da Síria e do Iraque, os quais, até agora, lhe custam cerca de 4,3 bilhões de dólares.

Segundo o citado jornal, Erdogan também se mostrou crítico com a estratégia da coalizão no Iraque e, em particular, com o apoio ao Exército desse país, o qual considera desintegrado.

O Presidente propôs a proibição de voos, ou zona de exclusão, e a formação e equipamento para que as forças em território iraquiano possam combater o movimento radical sunita.

Há algumas semanas, começaram as operações de uma coalizão liderada pelos Estados Unidos, com o suposto objetivo de derrotar os combatentes jihadistas.

No entanto, comentários difundidos pela imprensa propõem que o propósito do governo norte-americano com essa ofensiva aponta a seus interesses no Oriente Médio, como a mudança de fronteiras e governos, sobretudo o de Al-Assad na Síria.

Outros dos possíveis propósitos de Washington se focam para o controle de recursos e a consolidação de sua posição na região.

Anteriormente, os extremistas realizavam suas operações em territórios sírios e empreendiam ações explícitas contra o governo de Bashar Al-Assad com o apoio das mesmas potências ocidentais que agora os condenam.

Fonte: Prensa Latina