Venezuela aumenta salário mínimo para combater guerra econômica

Segundo informações oficiais, a estratégia do governo venezuelano diante da guerra econômica concentra esforços em proteger as economias dos trabalhadores, além de combater a especulação mediante inspeções. Neste sentido, o presidente Nicolás Maduro decretou um reajuste de 15% no salário mínimo, que deve vigorar a partir do dia 1º de dezembro. Ao mesmo tempo, ordenou um plano de fiscalização no território nacional para garantir a aplicação de preços justos nas redes comerciais.

Inspetor popular - Telesur

Maduro anunciou nesta segunda-feira (3) o aumento de 15% no salário mínimo. Assim, na Venezuela, o salário passará a ser de 4.483,00 bolívares (US$ 711,00) e ainda haverá um bônus de alimentação de 2.095,00 bolívares (US$ 332,50) ao mês. Com essa política, o governo pretende combater as pressões inflacionárias presentes na economia nacional a fim de proteger o nível de vida dos trabalhadores.

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No início deste ano, as autoridades venezuelanas já realizaram mudanças de 10% no salário mínimo e na aposentadoria e, no mês de maio, incrementaram o valor com outros 30%. Com o último ajuste decretado pelo governo, em um período de quatro anos, o salário mínimo sofreu 12 alterações, conforme informou a Prensa Latina.

Por sua vez, a política de fiscalização de preços aplicada a todo o país coincide com o período de festas de fim de ano e com o pagamento de benefícios pelo Estado. Sendo assim, é importante garantir a aplicação de preços justos e evitar que haja especulação.

Ao mesmo tempo, a Venezuela pretende manter o combate ao contrabando em todo o território nacional. Nas últimas semanas, foram apreendidas mais de 9 mil toneladas de alimentos e produtos de higiene.

Para o presidente, o aumento dos preços ao consumidor é consequência de uma "guerra econômica" lançada por inimigos de seu governo. Maduro acusa empresários de manipularem os preços.

De acordo com o Banco Central do país, a taxa de inflação anual da Venezuela atingiu 63,4% em agosto, com os preços ao consumidor subindo 3,9% naquele mês.

Théa Rodrigues, da Redação do Portal Vermelho,
Com informações da Prensa Latina e do Brasil 247