Irã discute acordo nuclear e sanções com países do Ocidente

A delegação iraniana, liderada pelo ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, e o G5 + 1 (os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha) retornam à mesa de negociações em uma atmosfera de otimismo discreto precedida por dois dias de conversações trilaterais.

Zarif afirmou que foram cerca de 12 horas de conversas, em três sessões, com o Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e a ex-chefe da política externa da União Europeia (UE), Catherine Ashton.

“As conversas trilaterais eram muito complicadas" e são interpretadas como “continuação das negociações sobre questões espinhosas, particularmente o nível de enriquecimento de urânio”. O Irã e o Ocidente “querem encontrar uma maneira de eliminar o emaranhado de sanções econômicas” contra o país persa.

Segundo o vice-ministro das Relações Exteriores e membro da equipe de negociação do Irã, Abbas Araqchi, a nona etapa de negociações começa "com muito ainda a progredir para ser alcançado um resultado satisfatório".

Araqchi explicou que cada dimensão das negociações sobre qualquer assunto específico, tem "muitos problemas colaterais e complicações técnicas, legais e políticas", citando exemplos relacionados as sanções econômicas, um dos dois assuntos mais complexos.

Ele afirmou ainda notar que existem quatro tipos de medidas punitivas, nomeadamente as impostas pelo Conselho de Segurança da ONU, uma aplicada pela UE, outra decidida pelo presidente dos EUA, Barack Obama, e um quarto pacote adotado pelo Congresso dos EUA.

"Cada uma tem suas especificações individuais e o peso operacional e legal de cada uma é diferente", disse o diplomata persa para argumentar que, portanto, "chegar a uma definição é muito complicado."

A etapa de negociação desta terça-feira, precedida por oito rodadas feitas até 17 de outubro, tem como objetivo resolver as diferenças para chegar a um entendimento que complemente o acordo provisório assinado pelo Irã e pelo G5 + 1, em Genebra, em novembro de 2013, conhecido como Plano de Ação Conjunta.

Fonte: Prensa Latina,
tradução Tayguara Ribeiro