Protestos pelo desaparecimento de estudantes se intensificam no México

Cerca de 500 manifestantes incendiaram nesta quarta-feira (12) o Congresso de Guerrero, em Chilpancingo, capital do estado, no México, em mais um dia de protesto pelo desaparecimento dos 43 estudantes mexicanos desde 26 de setembro.

Protestos pelo desaparecimento de estudantes se intensificam no México - ATLAS/ El País

Os manifestantes, estudantes e membros do sindicato de professores, incendiaram as instalações da Secretaria de Educação, assim como da biblioteca local, uma sala de audiências e automóveis do Congresso de Guerrero. Também atearam fogo à sede do Partido Revolucionário Institucional (PRI, do presidente Enrique Peña Nieto), depois de uma marcha.

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Os estudantes são oficialmente dados como desaparecidos até que haja provas genéticas de que os vestígios humanos encontrados em Cocula, município vizinho de Iguala, são dos jovens.
 


Pai de um dos normalistas, junto ao lixão de Cocula.  Crédito: Saúl Ruiz/ El País
Os episódios de violência aumentaram desde a última sexta-feira (7), quando a Procuradoria-Geral da República mexicana confirmou que os 43 estudantes desaparecidos foram assassinados na noite de 26 de setembro por pistoleiros do cartel local Guerreros Unidos. Os depoimentos de três testemunhas indicam que os jovens foram entregues ao grupo criminoso naquela mesma noite, depois de um confronto com a polícia da cidade de Iguala.

Com o aumento dos protestos, os Estados Unidos apelaram ontem à calma e defenderam que os responsáveis pelo "crime atroz e bárbaro" devem ser julgados e punidos.

Com informações da Agência Brasil e do El País