Mobilização popular na Colômbia em apoio ao processo de paz

Uma marcha pela principal artéria da capital colombiana, Bogotá, em apoio ao processo de paz que está sendo negociado em Cuba, será protagonizada na quarta-feira (19) por organizações sociais que acentuam sua exigência de que o conflito chegue ao fim.

Diálogos de paz na Colômbia - Efe

Os organizadores explicaram que a manifestação popular terminará na Praça Bolívar, no centro da cidade.

A ex-senadora e porta-voz da organização Colombianos pela Paz, Piedad Córdoba, declarou que se somará à manifestação, que ocorre no transcurso do segundo aniversário das conversações de paz de Havana, para exigir que a mesa de negociações não seja suspensa e que se produza desde já o cessar-fogo bilateral.

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Piedad Córdoba conclamou o presidente Juan Manuel Santos e seus negociadores a que tomem medidas para sair do impasse após o desaparecimento do general Ruben Dario Alzate, que levou à suspensão do diálogo por parte do governo.

Igualmente, Córdoba acrescentou que se trata de una circunstância muito desafortunada, mas que não se deve exagerar, porque realmente se discute em meio à guerra, e que o desaparecimento do general é parte das consequências.


A ex-senadora Piedade Córdoba declarou que vai se somar à manifestação.

As conversações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) foram suspensas unilateralmente, na segunda-feira (17), pelo presidente Santos, que acusa o movimento insurgente de sequestrar, em Chocó, na região oriental do país, o alto oficial, comandante da força-tarefa Titan.

O anúncio da suspensão das negociações gerou de imediato diversas reações para respaldar a continuidade das conversações com as Farc-EP, com a finalidade de terminar a confrontação interna na Colômbia que dura mais de 50 anos, com saldo de seis milhões de vítimas, entre elas quase 230 mil mortos.

O general Alzate desapareceu vestido de civil junto a uma advogada do Exército e um suboficial, quando se encontravam no povoado de Las Mercedes, junto ao rio Atrato, localidade considerada pelos comandos militares como zona vermelha.

A presença do oficial superior naquela localidade foi criticada pelo próprio Santos e pelo ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzon.

Prensa Latina