Coreia do Sul realiza manobras com tiro real em zona de conflito

A Coreia do Sul realizou nesta sexta-feira (21) manobras bélicas com tiro real em uma região vizinha ao Mar Amarelo, cuja soberania está em disputa com a República Popular Democrática da Coreia (RPDC).

Yonphyong

Esse exercício militar trouxe à memória o choque armado de 2010 entre as duas partes da península coreana que teve como saldo um bombardeio de Pyongyang sobre a ilha de Yonphyong.

A simulação com fogo real faz parte das manobras de guerra realizadas pelas forças armadas da Coreia do Sul, com a participação de cerca de 300 mil soldados e apoio dos Estados Unidos.

A RPDC considera uma provocação perigosa esses exercícios bélicos na linha divisória entre as duas partes da península.

Pyongyang desconhece a fronteira marítima entre as duas partes da península, porque ao terminar a guerra de 1950-1953, forças lideradas pelos Estados Unidos e pela ONU a traçaram por conta própria.

De qualquer forma, as duas partes da península denunciam violações mútuas a ponto de ocorrerem limitados confrontos a tiros sem que a pólvora chegasse aos extremos de antes.

Exército Popular responde

O comando da Frente Sudoeste do Exército Popular da Coreia respondeu nesta sexta aos exercicios, informando que "a cada dia que passa se torna mais grave a natureza conflituosa e a loucura provocativa dos belicistas do exército fantoche sul-coreano".

Segundo nota repassada pela Embaixada da Coreia Popular no Brasil, os sul-coreanos tramam um conflito que deve culminar com o tiro de projéteis nas ilhas Paekryong e Yonphyong, em conjunto com os ocupantes do sul da Coreia, os Estados Unidos.

Ao mesmo tempo, ao realizar a "cerimônia de recordação", o "ato de condecoração" e a "cerimônia de adoração", para lembrar os provocadores que morreram em 23 de novembro de 2010 em resultado do fogo de artilharia, na ilha Yonphyong.

Segundo o texto, eles "disfarçam a derrota de 'vitória' e agem de forma descarada, organizando a "cerimônia de comemoração".

"Os oficiais e soldados da Frente Sudoeste do Exército Popular da Coreia vigiam a conduta dos belicistas", informa o texto.

A nota distribuída pelo comando do exército conclui advertindo aos belicistas sul-coreanos a não esquecerem em nenhum momento a lição da amarga derrota sofrida naquela ocasião.

Do Portal Vermelho, com informações da Prensa Latina e Embaixada da Coreia Popular no Brasil