Obama irá ampliar presença militar no Afeganistão

O jornal The New York Times revelou neste sábado (22) que o presidente estadunidense, Barack Obama, assinou uma ordem secreta que autoriza a ampliação da missão militar dos Estados Unidos no Afeganistão durante 2015.

Tropas militares da Otan no Afeganistão - Cameron Boyd

A ordem presidencial permitirá ao Pentágono realizar missões dirigidas contra os talibãs e outros grupos irregulares que supostamente representam uma ameaça para as tropas norte-americanas e para o governo afegão.

Também autoriza ataques aéreos estadunidenses com bombardeiros e aviões não tripulados (drones), com o propósito de apoiar as operações militares afegãs e incursões com unidades terrestres em operações contra os talibãs.

Segundo Vikram Singh, do Centro para o Progresso Americano em Washington, a questão de manter militares estadunidenses no Afeganistão em 2015 "tem sido um tema muito polêmico durante muito tempo, inclusive mais polêmico que o número de tropas".

Representantes do governo estadunidenses disseram que o debate sobre a natureza do papel dos militares estadunidenses a partir de 2015 se prolongou durante anos, duas questões em particular se agudizaram nos últimos meses.

Uma delas é o avanço das forças do Estado Islâmico (EI) no norte do Iraque e o colapso do exército iraquiano, e o outro, a transferência do poder no Afeganistão do novo presidente Ashraf Ghani.

Um alto oficial estadunidense disse que a Força Aérea espera utilizar caças F-16, bombardeiros B-1B e aviões teledirigidos Predator e Reaper para enfrentar aos talibãs nesta nova operação militar.

O oficial, que não teve a identidade revelada, comentou que se espera que o Pentágono emita uma ordem nas próximas semanas, que detalhe o papel dos militares no Afeganistão no ano 2015 com uma nova operação

O Pentágono planeja tomar o papel principal no assessoramento e treinamento de forças afegãs no sul e no leste do país centro-asiático, enquanto assessores da Itália operam no este; Alemanha no norte, e Turquia em Kabul.

No final do próximo ano, a metade dos 9 800 soldados estadunidenses deixaria o Afeganistão.

O resto se consolidará em Kabul e Bagram até o final de 2016, com o qual Obama espera pôr fim à guerra antes de deixar a Casa Branca.

Também existe a possibilidade de que os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) mantenha por perto de 4 000 uniformizados no Afeganistão durante o ano 2015.

Fonte: Prensa Latina