Síria propõe criar foro de contraterrorismo popular internacional
O ministro sírio da Justiça, Najm al Ahmad, propôs nesta segunda-feira (1º/12) a criação de um foro de contraterrorismo popular internacional como parte das medidas para enfrentar esse flagelo.
Publicado 02/12/2014 15:20

Durante uma conferência internacional sobre a luta contra o terrorismo e o extremismo religioso, que terminou nesta segunda-feira no hotel Dama Rose, na capital síria, o ministro ressaltou que esse organismo incluiria representantes de diversos setores da sociedade do planeta.
“Além disso, também se conformaria um tribunal de opinião pública para denunciar os indivíduos e nações que financiam e apoiam o terrorismo”, explicou.
Al Ahmad acusou os Estados Unidos de violar a soberania de outros países e de interferir em seus assuntos internos com o pretexto do humanitarismo e a luta contra esse mal.
Também denunciou alguns meios de comunicação por falsificar a realidade como parte da estratégia para provocar violência sectária e divisão na sociedade síria.
Durante dois dias, representantes de quase 30 países debateram temas como o Direito Internacional e o terrorismo, o terrorismo e o radicalismo, e as sanções impostas por potências ocidentais contra a Síria.
Ao inaugurar o evento, o primeiro-ministro da Síria, Wael al Halqui, afirmou que seu país enfrenta os principais grupos terroristas do mundo, entre eles o Estado Islâmico, e condenou o apoio estrangeiro a essas organizações.
“O respaldo do Ocidente a essas formações causou graves danos na economia nacional e provocou a morte de centenas de milhares de sírios”, sublinhou.
Por sua vez, o titular de Assuntos Religiosos, Mohammad Abdelsattar al Sayyed, estimou que a fonte do pensamento ultraconservador desses agrupamentos provém da Arábia Saudita.
“O verdadeiro Islã baseia-se na bondade e não no extremismo e na politização da fé”, manifestou.
Na conferência participaram especialistas dos Estados Unidos, Canadá, França, Áustria, Polônia, Rússia, Grã-Bretanha, Suíça, África do Sul, Irã, Turquia, Egito, Jordânia, Iraque e Tunísia, entre outras nações.
Fonte: Prensa Latina