Venezuela denuncia ingerência estadunidense e novas agressões

O presidente da Assembleia Nacional (AN), Diosdado Cabello, denunciou uma ação de ingerência do governo estadunidense contra seu país e novas agressões opositoras contra sua população.

Cabello

O líder parlamentar aludiu à presença de um funcionário da embaixada de Washington durante uma audiência nesta capital à qual estava convocada a líder opositora e ex-deputada María Corina Machado, acusada de tentativa de magnicídio pela Promotoria.

Durante seu programa "Con el Mazo Dando" na televisão estatal, Cabello caracterizou esse ato da embaixada de Washington como falta de respeito, intromissão nos assuntos internos e provocação contra seu governo.

O espaço na televisão venezuelana transmitiu um vídeo onde o representante da embaixada admite que esteve no local como observador, ao contestar perguntas de jornalistas.

"A Embaixada dos Estados Unidos, senhores do imperialismo norte-americano e seus lacaios, têm vocês que estar nos vigiando?", perguntou-se o chefe dos legisladores venezuelanos.

Cabello alertou que seu país não permitirá estas ações e recordou que existem provas de que a acusada participou de atos qualificados legalmente como magnicídio e conspiração.

No plano interno, o líder parlamentar denunciou que órgãos de inteligência locais detectaram uma célula reacionária que determina quem são militantes revolucionários ou simpatizantes com o atual processo revolucionário.

A entidade oferece informação sobre essas pessoas e grava marcas em suas moradias, ou em árvores e objetos próximos que mostrem ou sirvam de guia a possíveis atacantes, provavelmente opositores, segundo as declarações do deputado.

Cabello inseriu esse último fato num conjunto de agressões orais de figuras da extrema direita, algumas das quais mostram divisão entre elas e a maioria são contraditórias com seus próprios atos, revelados nos vídeos do programa.

Fonte: Prensa Latina