Ao inaugurar nova sede, Unasul se reafirma como bloco de paz

Os chefes de Estado e Governo da União de Nações Sul-americanas (Unasul) consideraram um feito histórico a inauguração nesta sexta-feira (5) da sede do bloco regional integrado por 12 países.

UNASUL - Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.

Na declaração final da Cúpula extraordinária realizada no arrojado edifício de linhas líneas futuristas, localizado a poucos passos da linha do Equador, na localidade denominada Metade do Mundo, em Quito, os mandatários afirmaram que a inauguração da sede impulsionará a construção da identidade própria da região.

Os governantes assinalaram também que a nova sede da Unasul representa uma homenagem a Nestor Kirchner, primeiro secretário geral da Unasul. A nova sede tem o nome do ex-presidente argentino, falecido em 2010.

Também foi homenageada a memória do desaparecido presidente venezuelano Hugo Chávez, considerado como renovador da unidade proclamada pelo Libertador Simon Bolívar e arquiteto e impulsionador da integração latino-americana.

Depois de proclamar seu imperecível compromisso político com os ideais da construção progressiva da unidade da América do Sul, os líderes do bloco fundado em 2008 reafirmaram que a paz, a democracia e a promoção dos direitos humanos são os princípios diretores da integração.

Os líderes latino-americanos ratificaram ainda a criação da Escola Sul-americana de Defesa, cuja sede também será no Equador, e cuja missão será articular as iniciativas nacionais, formar e capacitar civis e militares em matéria de defesa e segurança regional.

Os governantes de Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela concordaram com estabelecer mecanismos de consulta e cooperação entre a Unasul e outros organismos e blocos de integração regional e extrarregional.

O objetivo dessas alianças, de acordo com o texto, será impulsionar a criação de espaços de cooperação, complementaridade e convergência política, social e econômica.

O secretário geral da Unasul, Ernesto Samper, anunciou que o bloco trabalhará na adoção de um passaporte sul-americano que permitirá a livre circulação dos quase 500 milhões de habitantes dos 12 países do bloco.

Os mandatários também se pronunciaram favoravelmente a pôr em funcionamento uma arquitetura financeira regional que garanta a soberania monetária, e por tornar realidade o chamado Banco do Sul, além de criar um centro de arbitragem próprio para dirimir conflitos em matéria de investimentos.

Durante a Cúpula, o Suriname passou a presidência temporária da Unasul ao Uruguai, que a exercerá por um ano.

Do Portal Vermelho, com Prensa Latina