Marcha em Salvador reafirma preferência por Dilma e pede avanços
Batuques, bandeiras, trio elétrico. O Centro de Salvador foi palco da primeira manifestação dos movimentos sociais e sindicais do País em resposta às tentativas de deslegitimação da eleição da presidenta Dilma Rousseff. No evento, que aconteceu na tarde da última quarta-feira (10), as entidades populares baianas, em clima de festa, levaram às ruas o desejo de ver o Brasil livre das forças retrógradas do passado, para seguir avançando.
Publicado 11/12/2014 12:23 | Editado 04/03/2020 16:14


A marcha, que saiu do Campo Grande e seguiu até a Praça Castro Alves, reuniu movimentos de mulheres, negros, estudantes, sem-teto, sem-terra, além de centrais sindicais que representam diversas classes de trabalhadores do estado. O presidente estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-BA), Aurino Pedreira, explicou que a atividade foi necessária para que os trabalhadores pudessem expressar qual o projeto que acreditam.
“Estamos em um processo de disputa, com as forças de direita tentando pautar o governo. Estamos aqui para dizer que não vamos aceitar esta situação e vamos defender o aprofundamento do projeto que vem promovendo avanços sociais, gerando empregos e tirando milhões de brasileiros da miséria”, defendeu Pedreira. Segundo ele, é preciso reconhecer que, apesar dos avanços, novas conquistas são urgentes, entre elas, as reformas política e urbana e a democratização da mídia.
Aliado histórico das lutas populares e protagonista do processo de transformações dos governos Lula/Dilma, o PCdoB também esteve presente na marcha e levou uma faixa também exigindo a democratização da mídia no Brasil. A presidenta municipal do partido, Olívia Santana, aproveitou o ato para também prestar solidariedade à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), atacada pelo também deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que afirmou não estuprar a colega porque ela não merecia.

Além da violência contra mulheres, Olívia também lembrou da violência contra a juventude negra e defendeu a importância de realizar reformas. “Vamos à luta contra a direita e por mais direitos, especialmente por reformas estruturais na saúde, na educação, reforma tributária, com taxação das grandes fortunas”, afirmou a presidenta municipal.
Nova atividades
A ideia dos organizadores da marcha é que as mobilizações continuem, como forma de demonstrar a força dos eleitores de Dilma. “Esta marcha é só uma sinalização do que pretendemos fazer em 2015, que é tomar as ruas para defender as lutas de todo o povo brasileiro, não apenas de um segmento”, finalizou Aurino Pedreira, da CTB.
De Salvador,
Erikson Walla