Projeto de Evaldo Lima nomeia praça no Papicu de “Nice e Estrigas”
A praça localizada entre as ruas José Rangel e Ary Barroso, no Bairro Papicu, será batizada para lembrar dois grandes nomes da arte cearense. E também uma bela história de amor. Foi aprovado, na última semana, o Projeto de Decreto Legislativo de autoria do vereador Evaldo Lima (PCdoB) que denomina “Nice e Estrigas” o espaço nas proximidades do recentemente inaugurado Shopping RioMar.
Publicado 29/12/2014 11:29 | Editado 04/03/2020 16:26
A homenagem póstuma ao casal de artistas plásticos Estrigas (1919 – 2014) e Nice Firmeza (1921 – 2013) é mais uma forma de incansavelmente registrar a extrema relevância que os dois cearenses tiveram na produção e também pesquisa histórica da arte produzida no Estado do Ceará. “A genialidade dos dois eternos apaixonados deve reverberar às novas gerações através de homenagens como esta”, argumenta Evaldo Lima, presidente da Comissão de Educação, Cultura, Desporto e Lazer da Câmara Municipal de Fortaleza.
Como exemplo da importância dos dois no cenário da arte no Brasil, Evaldo destacou o Mini Museu Firmeza, fundado por Estrigas e Nice em 1969 e uma herança valiosa para a cultura nacional. “O museu feito pelos dois hoje nos oferece a possibilidade de visitar e contemplar os maiores nomes da arte plástica do nosso estado. Estrigas e Nice são patrimônios que nos pertence. Precisamos cuidar bem deles”, enfatizou o parlamentar.
Perfil dos artistas
Natural de Fortaleza, Nilo de Brito Firmeza "Estrigas" formou-se em odontologia. Mas sua genialidade no campo dos traços e cores o fez trilhar o caminho da crítica de arte, pintura e ilustração. O artista iniciou sua produção nos primeiros anos da década de 1950, quando passou a integrar a Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP). Tornou-se especialista na pesquisa da arte antiga, desde os tempos pré-históricos, produzida no Ceará.
A obra de Estrigas levou aos admiradores das artes visuais cenas que remetem ao imaginário do interior cearense e da Capital de décadas passadas. O amor sertanejo, instrumentos típicos do cangaço e os costumes das comunidades que foram a identidade do Estado são marcas evidentes na produção do artista, exploradas nos desenhos de natureza-morta, aquarela e pintura a óleo.
Nos idos de 1950, o artista conheceu seu grande amor, Maria de Castro Firmeza, a "Nice". A pintora foi a primeira mulher a integrar a Sociedade Cearense de Artes Plásticas. Além do talento nas artes plásticas, Nice também se dedicou a outros exercícios da tradição popular. Foi doceira e bordadeira. Pelo seu trabalho de grande expressão, ela recebeu a nomeação de Tesouro Vivo/Mestre da Cultura pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult).
Fonte: Assessoria do vereador Evaldo Lima (PCdoB)