Semana venezuelana esteve marcada por novos assédios da direita 

A Venezuela esteve marcada durante essa semana por denúncias do governo sobre novos assédios da direita e a repercussão do giro internacional do presidente, Nicolás Maduro, que esteve a par desses fatos desde o estrangeiro.

bandeira Venezuela - Reprodução

O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, revelou na última quarta-feira (14) em seu programa Con el mazo dando, na televisão estatal, um plano agressivo e desestabilizador da oposição.

Sob o nome de La Salida 2, continuidade do denominado La Saída, que no início do passado ano de 2014 causou graves perdas humanas e materiais, a estratégia da direita pretende gerar caos e justificar uma intervenção estrangeira para derrubar o Governo, denunciou o líder parlamentar.

"O novo projeto estimulador da violência inclui a contratação de mercenários, a reativação das guarimbas (atos violentos conscientes) e o uso de meios financeiros como o milhão de dólares levado ao país da Colômbia no princípio desse ano", disse Cabello.

Segundo o presidente da AN, essa quantia entrou na Venezuela em um caminhão procedente do país vizinho pela rota Cucutá-San Cristóbal (norte venezuelano) e era somente parte da primeira entrega de apoio às atividades em 2015 do partido da direita Voluntad Popular.

"Parte desse dinheiro foi utilizado para contratar 35 colombianos recrutados em Calí, Barranquilla e Perera com instruções de se deslocarem de San Cristóbal (estado venezuelano de Táchira limítrofe com a Colômbia) para outras zonas do país", acrescentou.

Cabello explicou que a missão dessas pessoas é instigar saques e protestos violentos entre pessoas que fazem filas para comprar nos mercados, deficitários de abastecimentos informalmente pela guerra econômica imposta pela direita e marcada pela estocagem, especulação e contrabando.

Nesse mesmo dia, durante uma concentração de apoio do Partido Socialista de Venezuela (PSUV) ao governo na Plaza Venezuela, na capital, o também vice-presidente primeiro dessa organização fez um chamado ao povo para que se mantenha mobilizado nas ruas para cuidar e consolidar a Revolução Bolivariana.

O dirigente político e parlamentar disse que cada vez que os inimigos do processo tentem atacar o povo "responderemos com mais contundência, com mais forças, pois a burguesía só está desenhada para esses ataques, e a militancia do Psuv tem a obrigação e a capacidade de defender os cidadãos".

Cabello desmentiu rumores sobre um suposta greve convocada pelo Governo e disse que o povo é o único capaz de se alçar nas ruas, mas isso não acontecerá pelo compromisso que a Venezuela tem de continuar com o legado do comandante (falecido presidente) Hugo Chávez.

Maduro, que retornará ao país depois de visitar China, Rússia e Portugal e países membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo como Irã, Catar, Arábia Saudita e Argélia, nestes últimos com o propósito de estabilizar os preços do petróleo, informará na próxima terça-feira (20) ao Parlamento sobre seu governo em 2014.

Fonte: Prensa Latina