Agricultores familiares elogiam ajuda para se manterem no campo 

O acesso ao crédito foi o principal incentivo do governo federal para o fortalecimento da agricultura familiar nos últimos anos. Para o casal jovem Marineide, 26 anos, e Ederson Mahle, 31, foi tão importante que foi determinante na vida dos dois. Não fosse o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e as demais políticas públicas, talvez eles nem fossem mais agricultores familiares. 

Agricultores familiares elogiam ajuda para se manterem no campo - MDA

“Se não tivéssemos acessado o Pronaf, provavelmente não estaríamos mais aqui. Foi nosso começo. O crédito é muito importante e é uma forma de manter o jovem no campo”, avalia Ederson.

Moradores da comunidade de Jacutinga, a 11 quilômetros do centro do município catarinense de Saudades, Ederson e Marineide conquistaram quase tudo o que têm hoje acessando programas de crédito do governo federal.

Com o Pronaf, eles montaram a estrutura para criação de gado leiteiro, a principal atividade do casal. Também compraram um trator pelo Mais Alimentos; adquiriam a terra onde vivem pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), construíram a casa pelo Programa Nacional de Habitação Rural, e para gerir ainda melhor a produção, Ederson está fazendo o curso de Empreendedorismo Rural pelo Pronatec Campo.

A propriedade de 4,8 hectares hoje conta com 18 vacas holandesas e 33 novilhos. No período de inverno, são produzidos, em média, 400 litros de leite por dia, chegando a 12 mil litros por ano. Da produção, 70% do leite são comercializados em cooperativas locais. Mas o começo não foi fácil.

“Em 2004, época que a gente ainda namorava, nós compramos a terra. De lá para cá, nós pegamos três financiamentos pelo Pronaf, um deles foi usado para compra de um trator. O crédito é fundamental para que as pessoas se mantenham no campo”, acredita Ederson.

“Tenho orgulho de tudo aquilo que a gente construiu. Nós compramos a terra sem nada em cima, nem uma árvore para dar sombra, nem uma casa. Tenho orgulho em ter conquistado isso em oito anos com ajuda dos financiamentos, porque, se não fosse assim, não teríamos dinheiro para começar e poderíamos até ir para a cidade”, lembra Marineide.

Da Redação em Brasília
Com informações do MDA