Cresce rejeição na Venezuela a visita de Pastrana, Piñera e Calderón

A rejeição à visita à Venezuela dos ex-presidentes da Colômbia, Andrés Pastrana; do Chile, Sebastián Piñera; e do México, Felipe Calderón, é crescente hoje devido a seu respaldo à ultradireita responsável por violência no país.

De acordo com integrantes do Comitê de Vítimas da Guarimba, os ex-mandatários esperam reunir-se nesta segunda-feira (26) com grupos de oposição responsáveis pelas manifestações, que tiveram um saldo de 43 mortos e mais de 800 feridos no início do ano passado.

William Bastardo, que perdeu seu filho nesses protestos, fez um chamado a Piñera, Pastrana e Calderón para que reconsiderem seus vínculos com os líderes de uma direita fascista, como Leopoldo López, María Corina Machado e Antonio Ledezma, principais promotores das ações criminosas.

Por sua vez, o Comitê condenou em um comunicado a posição desses três atores políticos, que têm "uma visão parcial e seletiva do ocorrido" e somam-se à campanha nacional e internacional de se mostrarem “vítimas do poder do Estado”. Dessa forma, esquecem às pessoas verdadeiramente afetadas direta e indiretamente por esta violência política, completa o documento.

Sobre os três ex-presidentes latinoamericanos, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro disse que está claro que eles estão apoiando um golpe de Estado, alertou. “Há dinheiro do narcotráfico envolvido nesse suposto foro organizado por um grupo, que desconhece o governo e suas instituições, para sabotar a opinião pública”, explicou.

Na Venezuela, agregou Maduro, há liberdade de expressão e todos podem emitir suas opiniões livremente, mas com respeito à Constituição. Igualmente, recordou que o governo de Piñera privatizou a educação no Chile, reprimiu os estudantes e os mapuches, enquanto Calderón teve vínculos com as máfias do narcotráfico no México.

Maduro denunciou as estratégias de grupos de direita em função de desestabilizar o país e ante esse cenário, solicitou à Assembleia Nacional abrir uma "investigação histórica da conspiração econômica em marcha" e seus principais responsáveis.

Fonte: Prensa Latina