Venezuela conta com apoio da Celac diante de sanções dos EUA

A Venezuela conta com o apoio generalizado da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), demonstrado pelas manifestações de rejeição às sanções estadunidenses contra esta nação expressadas por presidentes do continente.

bandeira Venezuela - Reprodução

Os chefes de estado latino-americanos e caribenhos reunidos na terceira Cúpúla da Celac, declararam-se contrários à ingerência de Washington nos assuntos internos do Governo de Caracas.

O presidente cubano, Raúl Castro, rechaçou as sanções unilaterais impostas à Venezuela pela administração norte-americana, as quais considerou como inaceitáveis e injustificadas.

Também criticou a continuidade da intervenção externa neste país sul-americano com o fim de gerar um "clima de desestabilização".

"Cuba conhece essa história por tê-la padecido durante mais de 50 anos", disse e prestou seu apoio ao presidente Nicolás Maduro.

O chefe de Estado da Nicarágua, Daniel Ortega, denunciou que querem repetir na Venezuela o mesmo roteiro do Chile, quando boicotaram o mandato de Salvador Allende com uma guerra econômica para incitar um golpe militar.

"A Casa Branca ainda continua conspirando contra as nações Latino-americanas e viola os direitos humanos de maneira sistemática", alertou Ortega.

"O governo do norte não está contente com as decisões de integração latino-americana e caribenha: não querem estas reuniões da Celac", destacou.

Por sua vez, o chanceler da Argentina, Héctor Timerman, qualificou de injustas, ilegais e imorais as sanções estadunidenses à Venezuela porque afetam fundamentalmente o povo e ratificou o apoio de sua nação.

O chefe de Estado do Equador, Rafael Correa, fez um chamado a partir da Celac para que cessem as agressões econômicas contra países como a Venezuela.

"Tais ações nos recordam da guerra econômica da burguesia chilena contra Allende, quando perceberam que não podiam vencer nas urnas ao serem contundentemente derrotados em março de 1973 nas eleições legislativas", explicou.

Diante desses atos desestabilizadores, é necessária "a mútua solidariedade, falar claramente, sem temores, porque temos a verdade", considerou o presidente do Equador, que assumiu a presidência temporária da Celac.

Há uma contínua provocação contra a Venezuela, com apoio de figuras políticas da direita internacional, que apoiam os grupos opositores "que desconhecem a ordem constitucional interna e promovem um golpe de Estado em curto prazo", denunciou ante a Celac o próprio Maduro.

Fonte: Prensa Latina