Partido Comunista da Argentina comemora 97º aniversário

Com um chamado a trabalhar encarando o futuro, o Partido Comunista da Argentina (PCA) comemorou o 97º aniversário de sua fundação com o desafio de ampliar e fortalecer suas fileiras para mais além do âmbito cultural e intelectual.

PCA

"Temos que projetar o futuro para celebrar com maior força os 100 anos de vida do PCA”, convocou Patrício Echegaray, secretário geral desta histórica organização na Argentina.

Em seu discurso na solenidade comemorativa, o dirigente relembrou os esforços, sacrifícios, dificuldades e a árdua luta ao longo dos anos por manter no alto as bandeiras e os ideais comunistas na Argentina.

Echegarray afirmou que o Partido necessita ampliar seu trabalho em mais setores, para além da cultura e da intelectualidade, para assim diversificar sua base.

"Muitos companheiros ficaram pelo caminho, mas as ideias que defenderam não morreram e hoje as sustentamos com a mesma força", asseverou Echegaray que chamou a militância a estar alerta e unida diante dos novos desafios que os movimentos progressistas enfrentam na região e no mundo.

Os imperialistas – afirmou – se dão conta de que perdem terreno diante do impulso do progressismo, citando a vitória da esquerda na Grécia. Disse ainda que se aprofundam os projetos populares na América Latina.

Assistimos hoje a novas investidas do governo norte-americano e a direita regional que com este tem afinidades, advertiu e alertou que o povo e o governo venezuelanos enfrentam um golpismo permanente, ao tempo em que na Argentina – indicou – também há manobras golpistas.

Echegarray se referiu à denúncia do procurador Alberto Nisman e seu posterior suposto suicídio, aproveitado pela reação oposicionista para alentar um escândalo político contra o governo da presidenta Cristina Fernández, o que é visto como um golpe desde o Poder Judiciário.

O PCA dá apoio crítico, como o define, à Frente para a Vitória; ou seja, respalda todas as medidas populares, de benefício para o povo e discorda daquelas que considera que ainda servem ao capital explorador.

Em seu discurso, Echegaray destacou o avanço que significa a constituição da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos para a integração regional e comemorou a libertação dos cinco antiterroristas cubanos que estavam presos nos Estados Unidos.

O PCA também expressou o apoio à posição de Cuba de dar passos no sentido de restaurar as relações diplomáticas com Washington. Igualmente, demandou o fim do bloqueio econômico contra Cuba, e chamou a militância a atuar para exigir o levantamento dessa hostilidade contra o povo cubano.

Redação do Vermelho, com Prensa Latina