Presidente venezuelano questiona legalidade da ingerência dos EUA

O presidente venezuelano, Nicolas Maduro, questionou, nesta terça-feira (3), a política dos EUA em relação à Venezuela. “Os Estados Unidos estão levando a um beco sem saída a sua relação com a América Latina e temos de impedi-los de ferir a Venezuela”, disse durante seu discurso na abertura do ano judicial de 2015.

nicolás maduro - Reprodução

“Por exemplo, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, disse coisas sérias sobre este país, falou para eliminar Petrocaribe, enquanto o Congresso em Washington aprova sanções contra os funcionários venezuelanos? É competente para fazer leis deste tipo?”, perguntou.

“Em tal cenário, a Venezuela precisa de um sistema judiciário colocado na frente da defesa da soberania nacional, independência, paz e contra um golpe de Estado, deve ser uma defesa ativa para acompanhar as pessoas”, disse Maduro.

“Não podemos permitir que os EUA pretendam ou creiam possuírem o direito de punir a pátria de Simón Bolívar”, disse Maduro que também anunciou que vai enviar uma carta ao presidente Barack Obama.

Leia mais:
Maduro alerta sobre ingerência dos EUA na Venezuela

“Eu tenho a percepção de que ele não controla a política em relação à Venezuela, ela é delegada e, portanto, rendida, sequestrada, capturada por fatores imperiais irresponsáveis”, disse o presidente.

Sobre o trabalho do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), Maduro disse que “existem muitas coisas para fazer ainda, mas hoje podemos dizer que temos um Judiciário respeitável, qualificado e preparado. Agora, temos de avançar na construção de um sistema de justiça sob a ética do socialismo bolivariano”, acrescentou.

Maduro pediu aos juízes um maior compromisso para defender a constitucionalidade, “porque só através da justiça será alcançada a verdadeira paz. Temos de reforçar a Constituição, a República, o Judiciário e a pátria livre de Bolivar e Hugo Chávez”, pediu o chefe de Estado.

Em seu discurso na cerimônia de abertura do ano judicial de 2015, o presidente lembrou ainda que em 2 de fevereiro completou-se 16 anos do primeiro mandato de Chávez.

Fonte: Prensa Latina