Começa em Cuba novo curso internacional sobre ebola

O Instituto de Medicina Tropical Pedro Kourí (IPK) será a sede, a partir desta segunda-feira (9) até o próximo sábado (14), do 2º curso internacional sobre ebola.

Fotografia Ebola vírus

Epidemiologia das doenças por vírus do ebola, aspectos clínicos e de laboratório, biosegurança, organização dos serviços de saúde e garantia logística, fatores humanos em graves epidemias e comunicação social são alguns dos temas incluídos na agenda do evento.

Diretores e especialistas de Serviços Médicos Cubanos, do posto de direção do setor e de epidemiologia, assim como representantes da Colômbia, Equador, Venezuela e Barbados, participam do encontro que incluirá aulas teóricas e práticas, com métodos participativos e conferências magistrais.

Em novembro passado, aconteceu em Havana o primeiro curso para a prevenção e o combate ao vírus do ebola, que contou com a presença de cerca de 100 participantes de 19 países da América Latina e do Caribe.

Os participantes, além de receberem aulas teóricas, trabalharam no polígono de treinamento do IPK, visitaram a unidade de isolamento e tiveram aulas práticas de uso do equipamento pessoal de proteção.

A iniciativa foi resultado da Reunião Técnica de especialistas e diretivos para a prevenção dessa epidemia, que aconteceu em Cuba nos últimos dias 29 e 30 de outubro, onde também se propôs estabelecer a vigilância epidemiológica, em centros destinados a este fim, das pessoas procedentes de áreas de transmissão, com risco de ter contraído a doença.

Foram instruídas outras ações, como a proposta de reforçar o sistema de vigilância do país e sua articulação com o Centro Nacional de Enlace para a Regulamentação Sanitária Internacional (RSI), com o objetivo de fortalecer respostas adequadas, nacionais e regionais.

Fortalecer as relações intersetoriais na fronteira para obter informação mais completa sobre naves, tripulações e viajantes que chegam ao país e promover o processo de certificação do RSI nos pontos de entrada, estão entre as propostas.

Sistematizar a troca de experiências e lições aprendidas no combate ao ebola entre os países da região e definir, em cada nação com cooperação da Organização Pan-americana da Saúde, toda a rota crítica que garanta o envio de amostras a laboratórios de referência internacional.

No encontro ficou evidente a vontade dos países da região de trabalhar unidos no combate à epidemia que custou quase cinco mil vidas na África ocidental.

Fonte: Prensa Latina