Venezuela rechaça Plano de Segurança estadunidense

O governo venezuelano rechaçou as ações dos Estados Unidos que ameaçam atualmente o país e repudia as informações contidas sobre seu país na Estratégia de Segurança Nacional para 2015, recém divulgada pela Casa Branca.

Nicolás Maduro - Rádio Nacional da Venezuela

Segundo um comunicado da chancelaria, a menção à Venezuela nesse documento "atenta contra a paz, a democracia e a estabilidade mundial".

"Também mostra a intervenção sistemática estadunidense com o fim de desestabilizar as instituições constitucionais e ameaçar os direitos humanos", assinala o texto.

"O mito da "excepcionalidade" estadunidense conduz o seu governo a desqualificar Estados e a emitir pronunciamientos que constituem um ato de ingerência inaceitável na política interna de outros", agrega.

"Com esta prática, os EUA isolam-se de América Latina e do Caribe: de fato, os países desta área já têm recusado seu comportamento anacrônico, sinal de uma Guerra Fria há muito superada e mostra de sua ignorância sobre nossas realidades".

O governo de Caracas pediu a Washington não interferir em assuntos internos e respeitar o sistema constitucional ratificado pelo povo em 19 processos eleitorais.

Segundo o documento Estratégia de Segurança Nacional para 2015, estão previstas novas intervenções e análises em relação ao país liderado por Nicolás Maduro.

A União de Nações Sul-americanas (Unasul) realizará, nesta segunda-feira (9), em Montevidéu, no Uruguai, uma reunião para analisar a situação na Venezuela, depois que Maduro denuciou para o secretário-geral desse bloco, Ernesto Samper, planos de desestabilização organizados pela direita local com apoio estadunidense.

O mandatário venezuelano solicitou à Unasul e a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos que estabeleçam um escudo protetor contra as agressões.

Fonte: Prensa Latina