Colombianos organizam manifestação pela paz

Outro dos propósitos da peregrinação será exigir o fim do fogo bilateral para avançar para o fim do confronto interno, informou o semanário Voz.

Desde o dia 20 de dezembro, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) decretaram uma suspensão de suas ações bélicas por tempo indefinido, para minimizar a vitimização da população civil e contribuir ao termo da conflagração.

Apesar dessa disposição do grupo guerrilheiro, o governo não retrucou a iniciativa com ações recíprocas, dando continuidade às ofensivas do exército contra as Farc-EP, denunciam ativistas, defensores dos direitos humanos e outras personalidades do cenário político.

Promovida também pela Frente Ampla pela Paz, bloco no qual convergem diversos setores e organizações, a grande caminhada do dia 9 de abril demandará o silêncio de todos as armas depois de 50 anos de confrontos, nos quais faleceram 230 mil cidadãos.

“É lógico que, se um cessar-fogo bilateral chegar antes da assinatura dos acordos finais entre os porta-vozes do Executivo e as forças insurgentes, a medida estimulará as negociações e as encaminharia inevitavelmente para os pactos conclusivos”, opinou Aída Avella, presidenta do partido Unión Patriótica.

Os manifestantes pedirão também o início de diálogos formais com o Exército de Libertação Nacional (ELN), cujos encontros com representantes governamentais se limitaram até agora a aproximações exploratórias, anunciaram organizadores da caminhada.

Desde 2012 equipes do governo e das Farc-EP encontram-se em Havana para achar uma saída negociada à guerra interna, que causou prejuízos a 6,8 milhões de pessoas, segundo dados oficiais.

No dia 9 de abril, os colombianos comemoram o Dia Nacional de Memória e Solidariedade com as Vítimas, jornada de apoio aos atingidos durante o período bélico.

A marcha pela paz é impulsionada também pelo Pacocol, o Partido Comunista Colombiano.

Fonte: Prensa Latina