Protestos na fronteira do Paraguai continuam nesta quarta-feira

Trabalhadores e pequenos empresários da fronteira paraguaia que limitam com Brasil e Argentina continuaram, nesta quarta-feira (18), seu protesto contra as regulações oficiais que afetam importações menores, depois dos violentos choques com a polícia registrados na terça-feira (17).

Paraguai

Agentes antimotins, policiais montados a cavalo e motorizados reforçaram sua presença nos lugares onde os chamados "paseros" mantêm fechada a metade das vias ou realizam manifestações com cartazes e gritando suas palavras de ordem.

Uma importante mobilização registrou-se na região de Vista Alegre, cenário do mais duro choque com a força pública durante o qual os participantes mostraram respaldo a seus colegas de Cidade do Leste, situada junto a chamada Tríplice Fronteira, impedidos de levar adiante o protesto correspondente.

“Estamos marchando em apoio aos colegas de Cidade do Leste, seguimos em nossa postura e não vamos mudar até que o governo chame a uma mesa de diálogo”, disse Zully Jacquet, presidenta da Federação de Trabalhadores da Fronteira, que foi ferida por três disparos nos braços.

Os novos regulamentos de trânsito fronteiriço e de despacho menor implicam a restrição das mercadorias que não contem com autorizações não só de Alfândegas, mas também de outras instituições de controle.

Jacquet anunciou que nesta semana ainda se somarão aos protestos, em forma solidária, vendedores de produtos na cidade argentina de Clorinda, além de comerciantes do lado paraguaio.

“É o presidente Horacio Cartes quem está expondo nossas vidas e a de nossas famílias. Trata-se do Paraguai que temos por não saber eleger a nossos governantes”, referiu.

Os manifestantes afirmam que estão previstos novos protestos. Por sua vez, a direção de Aduanas foi rigorosa ao eliminar a possibilidade de uma mesa de diálogo e adiantou que o sistema agora acordado é totalmente irreversível.

Fonte: Prensa Latina