Conflito na fronteira entre Paraguai e Argentina se agrava

O atual conflito gerado pelos protestos de trabalhadores paraguaios da fronteira se agravou nesta sexta-feira (20) com o fechamento total da Ponte da Amizade por caminhoneiros locais e piquetes de comerciantes argentinos.

Manifestação de camponeses paraguaios - FNC

Essa importante via que une as cidades de Puerto Falcón no Paraguai e Clorinda na Argentina foi obstaculizada por grandes caminhões de carga que transportam mercadorias entre um e outro lado, enquanto comerciantes argentinos da fronteira se uniram aos protestos desenvolvidos há dias pelos chamados 'paseros' paraguaios.

Paralelamente, os trabalhadores e pequenos comerciantes da parte paraguaia mantêm manifestações de rua para reivindicar uma modificação das novas normas para as importações menores, que consideram impossíveis de cumprir por elevar substancialmente os custos.

A situação fica ainda mais tensa porque já passa de cem a quantidade de caminhões estacionados na mesma ponte e nos arredores, alguns com carga perecível, cujos motoristas e empregados confirmaram a possibilidade de grandes perdas, especialmente de alimentos e produtos agrícolas.

Apesar da maioria dos caminhões estarem do lado paraguaio, vários deles, carregados para transportar ao Paraguai toneladas de alimentos e utensílios, estão detidos em território do país vizinho e sua passagem é impedida por pequenos comerciantes do lugar.

Passeatas de diversos 'paseros' continuam sendo realizadas em frente aos escritórios das instituições oficiais que têm responsabilidade sobre o tema e com delegações na localidade de Vista Alegre, vigiados de perto por um forte contingente policial.

Os manifestantes informam que continua a negativa oficial para que sejam estabelecidas mesas de diálogo para procurar uma solução a esse assunto espinhoso enquanto se observarem medidas de força parecidas em outros pontos próximos às áreas fronteiriças nas cidades de Encarnación e Ita Enramada. 

Fonte: Prensa Latina