Venezuela destaca apoio recebido de 120 países contra ingerências  

O apoio expressado até hoje por 120 países ao governo venezuelano ante as ameaças de Washington materializam o repúdio à recente tentativa de golpe de estado e foi sublinhado pelo deputado Earle Herrera.

bandeira Venezuela - Reprodução

O parlamentar venezuelano destacou as declarações favoráveis a seu país por essas 120 nações do Movimento de Países não Alinhados, da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, da União das Nações Sul-americanas e da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América ante a intentona denunciada em 12 de fevereiro por Caracas.

Herrera, também presidente da subcomissão de Meios da Comissão Permanente do Poder Popular e Meios de Comunicação do Parlamento, responsabilizou representantes da oposição venezuelana pela manobra que visava derrubar o presidente Nicolás Maduro, que revelou publicamente o plano da direita.

“O Estado venezuelano tem informado o que está ocorrendo e eu dou toda credibilidade ao presidente da República Bolivariana de Venezuela”, declarou o parlamentar.

Segundo Herrera, conhecido comentarista político e diretor de televisão, "a Revolução está organizada em todo o país para assumir uma nova vitória em um processo eleitoral", em alusão às eleições legislativas previstas para 2015, em data ainda por definir.

O deputado denunciou, não obstante, que "há forças que não querem ser postas a prova e procurarão atalhos para justificar o fracasso diante da revolução bolivariana e do governo democrático e constitucional do presidente Maduro".

Às declarações de Herrera se seguiram as afirmações de Pablo Sepúlveda Allende, neto do presidente chileno Salvador Allende. Em sua opinião, na Venezuela não vão conseguir um golpe de Estado como o que fizeram em seu país.

"Não acho que na Venezuela possa ter um golpe de Estado como no Chile já que o poder militar apoia o governo", opinou Sepúlveda ao falar sobre as semelhanças entre a guerra política e econômica contra o Chile de Allende e a Venezuela atual.

"As Forças Armadas venezuelanas têm bastante claro que não vão violar a Constituição e, também, o povo não vai deixar", acrescentou.

O neto de Salvador Allende afirmou além disso sentir-se eternamente agradecido ao falecido presidente venezuelano Hugo Chávez "por reivindicar a figura de Allende e resgatar a bandeira do socialismo".

Sepúlveda recordou que o político chileno foi quem se propôs "pela primeira vez na história a criação do socialismo pela via pacífica", e considerou que o principal erro de seu avô que facilitou avançar o terrorismo de Estado foi "não ter uma política militar de defesa ante tão brutal golpe".

Fonte: Prensa Latina