EUA estudam retirar Cuba da lista de "países terroristas"

A diretora geral para os Estados Unidos do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, Josefina Vidal, afirmou, nesta terça-feira (3), que retirar a ilha caribenha da lista de países patrocinadores do terrorismo é uma questão de ética.

Josefina Vidal Ferreiro - Juvenal Balán

A servidora pública sublinhou que se trata de emendar uma situação infundada que é importantíssima por uma questão de justiça.

Estar nessa lista tem efeitos práticos, pois são acrescentadas outras sanções às que já prejudicam Cuba, por estar submetida a um bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos desde a década de 1960.

“Entre as sanções por estar nessa lista estão, por exemplo, as referidas às exportações de equipamento de alta tecnologia, prestar assistência de algum tipo ao país e, claro, as de cunho financeiro”, assinalou a diplomata. “O bloqueio a Cuba é um dos mais abrangentes já impostos contra um país”.

“Temos visto uma intensificação das regulações e medidas do bloqueio financeiro como resultado da permanência de Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo”, disse Vidal. “Nos últimos anos, tivemos conhecimento de multas multimilionárias impostas pelos Departamentos do Tesouro e de Justiça contra numerosos bancos, a maioria entidades internacionais. Nem sequer são estadunidenses, é um exemplo da extraterritorialidade do bloqueio e de outras leis contra Cuba”.

Ela explica que “estes bancos, como resultado dessas multas, recusaram-se a continuar realizando operações financeiras” com a ilha caribenha.

“Nunca deveríamos ter entrado nessa lista de países patrocinadores do terrorismo e se formos excluídos pode aparecer um banco com disposição para nos oferecer serviços. O governo dos Estados Unidos informou-nos que estão trabalhando na revisão da designação de Cuba como nação patrocinadora do terrorismo”, garantiu.

Fonte: Prensa Latina