PCdoB 93 anos: um brinde à democracia e à liberdade    

Assim, neste ano, o mais antigo partido da história do Brasil está completando 93 anos de existência, marcado pela defesa da liberdade, da democracia, dos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras, da juventude, das mulheres e de outros setores que quase nunca tiveram voz e vez em nossa sociedade.

Por Miranda Muniz
 

 

PCdoB 93 anos: Mais de nove décadas de luta e defesa do Brasil

Niterói, Rio de Janeiro, 25 de março de 1922: dois alfaiates (Joaquim Barbosa e Manuel Cendón), um advogado (Cristiano Cordeiro), um barbeiro (Abílio de Nequete), um eletricista (Hermogêneo Fernandes da Silva), um gráfico (João da Costa Pimenta), um jornalista (Astrojildo Pereira), um pedreiro (Elias da Silva) e um vassoureiro (Luís Pérez), cantam baixinho, para não chamar a atenção da repressão, o hino A Internacional, em comemoração à fundação do Partido Comunista do Brasil.

A sigla inicial adotada era PC-SBIC (Partido Comunista – Seção Brasileira da Internacional Comunista). Pouco tempo depois foi trocada para PCB e, em 1962, reorganizado PCdoB.
Assim, neste ano, o mais antigo partido da história do Brasil está completando 93 anos de existência, marcado pela defesa da liberdade, da democracia, dos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras, da juventude, das mulheres e de outros setores que quase nunca tiveram voz e vez em nossa sociedade.

O internacionalismo proletário é outra marca importante do PCdoB.

Em 93 anos de existência, 2/3 foram vividos na clandestinidade, proibido de expressar livremente suas propostas e idéias. Em vários momentos sob implacável perseguição, resistindo à prisões e torturas. Com centenas de militantes assassinados barbaramente.
Com o fim da Ditadura Militar, já temos um período de 30 anos de legalidade, permitindo aos comunistas atuarem livremente dando sua contribuição às mais diversas áreas.

Por suas fileiras já passaram antigos militantes ilustres tais como o jornalista Astrojildo Pereira, seu primeiro secretáriogeral, o operário negro Minervino de Oliveira, candidato a presidente da República em 1930, o lendário Luis Carlos Prestes – O Cavaleiro da Esperança. Figuras ligadas às artes e à cultura, tais como Jorge Amado, Graciliano Ramos, Cândido Portinari, Di Cavalcante, Caio Prado Jr., Nelson Pereira dos Santos e muitos outros.

Há de se destacar a contribuição teórica e prática do grande dirigente João Amazonas, operário, deputado constituinte de 1945 e o principal reorganizador do Partido em 1962, juntamente com Maurício Grabóis e Pedro Pomar.

Aqui em Mato Grosso, destaco as figuras de Rádio Maia e José Gomes Pedroso, eleitos deputados estaduais e constituintes em 1947, além do médico Alberto Neder que ficou na suplência, além do jornalista Amorésio de Oliveira, eleito deputado em 1950 pelo PTB, época em que o PCdoB se encontrava na ilegalidade.

Entre as figuras nacionais de maior destaque na atualidade estão Renato Rabelo, atual presidente; o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação Aldo Rebelo; o governador do Maranhão Flávio Dino; as deputadas Jandira Feghali (RJ), líder da bancada, Luciana Santos (PE), futura presidenta nacional do PCdoB, e Manuela D’Ávila (RS); a senadora Vanessa Grazziotin (AM); a sambista e deputada estadual Leci Brandão (SP).

No Estado, a reitora da UFMT Maria Lúcia Cavali Neder; o professor doutor Manoel Motta, suplente de senador; o professor José Pessoa, pro-reitor do Campus de Barra do Garças; a professora Nara Teixeira, presidenta da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (seção Mato Grosso); a professora Janete Carvalho, ex-candidata a senadora em 2006; o músico e compositor Ronaldo Muniz; o dirigente sindical Edson Angelo (Pepeu); o doutor em geologia Julião Arrais, servidor da SEMA; os professores doutores Sílvio Negri e Sérgio Negri do campus da UFMT-Roo; o histórico militante Olírio Souza, também de Rondonópolis; o arquiteto Aluísio Arruda, um dos reorganizadores do Partido no Estado; o historiador Aislan Galvão, atual presidente estadual; o jornalista, chargista-ilustrador Brás Rubson, presidente do Partido na Capital; o professor e ativista do movimento de economia solidária Clovis Vailant (Cáceres); os dirigentes sindicais Ronei de Lima (FETIEMT) e Biro Borges (SINTRA-MT), as jovens lideranças Ana Flávia, ex-candidata a deputada federal e vereadora, Rarikan Heven, presidente da UEE-MT, União Estadual dos Estudantes e presidente da UJS – União da Juventude Socialista e Vinícius Fernandes, diretor da UNE, entre tantos outros.

Como bem frisou o editorial do Portal Vermelho “O Partido comemora seu aniversário em um momento de ofensiva da direita. Porém, a experiência acumulada por esta organização proletária, de Astrojildo Pereira, o primeiro secretário-geral, até Renato Rabelo, atual presidente, mostra que o Partido se agiganta nas crises. O PCdoB, ao mesmo tempo em que é um patrimônio inelutável da história brasileira, também encarna, hoje, as esperanças do futuro. As esperanças de um porvir socialista, rumo ao comunismo, repousam principalmente, sobre o Partido Comunista do Brasil. O comunismo é a juventude do mundo e, aos 93 anos, o PCdoB é a juventude do Brasil.”

Um brinde ao PCdoB e a seus militantes. Um brinde à Democracia e à Liberdade. Um brinde ao Brasil e ao povo brasileiro!
Viva os 93 anos de luta do glorioso Partido Comunista do Brasil!

• Miranda Muniz – agrônomo, bacharel em direito, oficial de justiça avaliador federal e dirigente da CTB-MT e do PCdoB-MT.