América Latina avançou e mostrou que pode ir além, afirma Dilma
Em pronunciamento, durante I Sessão Plenária da Cúpula das Américas, na Cidade do Panamá, a presidenta Dilma Rousseff enfatizou o empenho do governo em retomar o crescimento e voltou a salientar que, para "avançar em direção ao desenvolvimento", os países da América Latina têm na educação uma das maiores alavancas para conseguir dar "um passo adiante".
Publicado 11/04/2015 12:51

Dilma defendeu que há quatro temas fundamentais para discussão: segurança, educação, migrações e as mudanças climáticas.
Em seu discurso, a mandatária lembrou que a América Latina está mais forte e preparada para avançar. "A América Latina e o Caribe têm menos pobreza, menos fome e menos mortalidade infantil e materna, mas sabemos que é preciso mais riqueza, mais dignidade, mais educação e assim é o que construiremos nos próximos anos", enumerou Dilma.
Ela ainda comemorou o fato de que, em vários países, como no Brasil, a fome foi erradicada, "objetivo que parecia inatingível". Além disso, a presidenta defendeu a importância de os países do continente terem objetivos comuns e argumentou que já não é possível pensar "de formal local" em temas como comércio, saúde e combate às drogas.
Dilma ainda falou dos avanços ao vigor democrático da região nos últimos anos e a capacidade dos países latino-americanos de se organizarem em fóruns como o Mercosul, a Aliança do Pacífico, a Unasul e a Celac. Segundo Dilma, a integração regional tem o potencial de reduzir as desigualdades sociais e promover o desenvolvimento. Ela defendeu também a necessidade de ampliar e consolidar a justiça social no continente.
Para isso, a presidenta reafirmou o papel que a educação ocupa no combate às desigualdades, segundo ela, hoje o maior desafio da América Latina:
“Educação inclusiva e de qualidade é o maior desafio do nosso continente, porque ela é indispensável para romper o ciclo de reprodução da desigualdade para gerar oportunidade de inovação, democratizar acesso e a produção do conhecimento”.
A mandatária também ressaltou a importância do desenvolvimento baseado no investimento em pesquisa e na ciência, que seria capaz de romper um ciclo histórico dos países latino-americanos, historicamente, exportadores de produtos primários. “O nosso objetivo é não sermos apenas produtores de commodities e sim entrarmos na economia do conhecimento e introduzirmos a inovação. Sim, temos riqueza (…) Podemos ser grandes produtores de commodities, mas também temos homens e mulheres que serão capazes de criar um novo século de inovação baseada na pesquisa e ciência”, afirmou.
Diálogo Cuba/EUA
Na oportunidade, Dilma elogiou a reaproximação entre Cuba e Estados, negociada pelos presidentes Raul Castro e Barack Obama, e defendeu o fim do embargo americano ao país caribenho.
"Celebramos aqui agora a iniciatva corajosa dos presidentes Raul Castro e Barack Obama de restabelecer relações entre Cuba e Estados Unidos, de pôr fim a este último vestígio da Guerra Fria na região que tantos prejuízos nos trouxe […] Os dois presidentes deram uma prova do quanto se pode avançar quando aceitamos os ensinamentos da História e deixamos de lado preconceitos e antagonismos que tanto afetaram nossas sociedades. Estamos seguros que outros passos serão dados, como o fim do embargo", afirmou Dilma.
Agenda
Conforme a agenda oficial da presidente, divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Dilma se reunirá, às 14h30, com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Logo em seguida, às 15 h, participa da 2° Sessão Plenária da Cúpula, cuja cerimônia de encerramento está prevista para acontecer às 17h30. Depois disso, a presidenta Dilma retorna a Brasília.
Da Redação do Vermelho
Joanne Mota, co informações da agências
*Texto atualizado às 16h15