Bolívia e Brasil assinarão convênio para venda de eletricidade

A Bolívia assinará no próximo mês um convênio de integração energética com o Brasil para a venda de eletricidade, informou, nesta quinta-feira (23), o ministro de Hidrocarbonetos e Energia boliviano, Luis Alberto Sánchez.

Energia elétrica

O ministro disse que o Brasil demanda cerca de 7.500 megawatts de eletricidade e fez referência a reuniões anteriores entre a Empresa Nacional de Eletricidade (ENDE) e a Eletrobras para se atingir um acordo.

“Há muitos projetos nos quais estão interessados, hidroelétricos fundamentalmente, como também termoelétricos, e estes somam os 7.500 megawatts de interesse do Brasil”, destacou Sánchez, ao jornal La Razón.

Este convênio com o Brasil, indicou, iniciará um novo ciclo importante para a Bolívia quanto à integração energética para exportação de eletricidade e espera-se que seja mais importante que o chamado ‘boom’ dos hidrocarbonetos dos anos 1990 e 2000.

“Até o momento, os empreendimentos hidroelétricos entre ambas nações são os do Rio Madeira, que gerará três mil megawatts, e Cachuela Esperanza, com 700”. As hidroelétricas demorarão no mínimo três anos para iniciar a exploração.

Além do Brasil, o governo boliviano tem em planos a venda de energia elétrica à Argentina, como parte de um projeto governamental de converter o país em centro energético da região.

Durante a campanha para as eleições gerais de outubro do ano passado, o presidente Evo Morales fundamentou suas mensagens nas vantagens que a Bolívia teria ao vender eletricidade a outras nações sul-americanas.

Fonte: Prensa Latina