Síria defende inclusão do Irã no processo de solução política

Qualquer processo político que exclua os verdadeiros amigos da Síria, entre estes o Irã, não será honesto, afirmou o vice-chanceler Faysal Mikdad, em artigo publicado neste domingo (26) em um jornal libanês e difundido em Damasco.

O diplomata sírio sublinhou a necessidade de envolver todas as partes internacionais e regionais que buscam uma solução nas conversações de Genebra para a crise que o país árabe enfrenta desde 2011, anunciadas pelo enviado internacional da ONU, Staffan de Mistura.

Mikdad assegurou ainda que qualquer esforço feito para entorpecer os caminhos alcançados nas conversações entre o governo e a oposição em Moscou e prejudicar o que foi conseguido ali, traria somente consequências indesejáveis.

"A condição para o êxito de qualquer esforço político é aproveitar a experiência que os amigos russos têm e pôr a determinação e a vontade que se mostraram nos resultados positivos das reuniões de Moscou, no coração do processo de preparação para as conversações de Genebra", disse o vice-chanceler.

Mikdad recordou que se não há consenso de que o terrorismo constitui a principal ameaça para os sírios, e que a guerra contra este flagelo é a tarefa comum dos interlocutores, não haverá oportunidades para um caminho político que leve ao êxito desejado.

Por sua vez, insistiu na necessidade de reconhecer o Exército Árabe Sírio como a coluna vertebral desta guerra, sobre cujos ombros recai todo o peso no enfrentamento contra os bandos extremistas armados e os mercenários que chegam desde o exterior.

O vice-chanceler sírio expressou a disposição de seu país para participar de maneira positiva em todas as reuniões que ajudem a buscar um entendimento que aproxime a uma saída do conflito, mas sem ilusões.

"A Síria necessita de uma solução política, mas não fará nada que prejudique a decisão de ser independente, ou que ponha em risco a unidade e a integridade do país", enfatizou Mikdad.

Prensa Latina