Professores na Bahia dão aulas de preto em apoio a colegas do PR

Um grupo de professores da rede privada de ensino em Salvador foi dar aulas de preto, na última segunda-feira (4/5), em protesto contra as agressões sofridas pelos colegas do Paraná. Em greve naquele estado, 14 trabalhadores da rede pública foram detidos e cerca de 200 feridos pela Polícia Militar, na última semana, em uma manifestação contra a aprovação de mudanças na previdência estadual.

Os docentes da Bahia em luto pelo tratamento dado à categoria são do Colégio Marista Patamares, uma das redes de ensino mais tradicionais da capital baiana. A ação também é, segundo o professor José Braga, que compartilhou uma foto do grupo vestido de preto nas redes sociais, uma manifestação de solidariedade aos colegas paranaenses.

“Aqui no colégio [estamos] solidários com professores do Paraná! Não se bate em quem ensina nossos filhos”, diz a legenda da foto compartilhada pelo professor José Braga, no Facebook.

As mudanças no sistema previdenciário, aprovadas pela Assembleia Legislativa do Estado (AL-PR) e sancionadas pelo governador Beto Richa (PSDB), são prejudiciais para os servidores públicos, segundo os manifestantes. Na ação contra os professores, os policiais usaram balas de borracha e bombas de gás, e foram defendidos pelo governador.

Os protestos em Curitiba, capital paranaense, continuam. Nesta terça-feira (5), cerca de 10 mil servidores fizeram uma caminhada pelas ruas da cidade, em resposta à ação violenta da PM.

De Salvador,
Erikson Walla