Em entrevista ao Estadão, Aldo defende construtoras nacionais

De acordo com Rebelo, existem dois movimentos em curso. “Um é legítimo e necessário: a investigação e o combate sem tréguas à corrupção. O outro movimento é aproveitar o pretexto do combate à corrupção para destruir, desacreditar e desmoralizar empresas como a Petrobrás e as que construíram nossa infraestrutura perante o mundo”.

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Atual ministro da ciência e tecnologia e membro do conselho político do governo Dilma, Aldo Rebelo defendeu as construtoras que atuam na infraestrutura nacional como “patrimônio do País”.

O ministro compara o tratamento que a Petrobrás e as empresas construtoras estão recebendo com as que suportaram o nazismo.

“Vivemos um momento em que empresas brasileiras que foram responsáveis pela construção da infraestrutura do País recebem um tratamento que nem as empresas que sustentaram o esforço de guerra do nazismo receberam. Nem elas foram tratadas como a Petrobrás e as empresas de construção civil estão sendo”.

Para Aldo, essas empresas são marcas importantes da engenharia nacional. “Não se pode atingir empresas que são patrimônio do País”.

A preocupação do ministro vai além. Se as maiores empresas não estiverem aptas, somentes as empresas estrangeiras poderão atuar no setor público.

“Se você impede uma empresa nacional de participar, vai oferecer para quem? Para construtoras estrangeiras? Quando criam dificuldade para a Petrobrás contratar e executar obras, naturalmente as concorrentes são favorecidas. Isso já está prejudicando o andamento de obras no País. Quando um deputado comete um crime, você caça ele, não fecha a Câmara”.

O integrante do conselho político da presidência da República, disse ainda na entrevista que a bandeira do “Fora FHC, defendida na década durante o governo do tucano, estava errado.