Equador e Rússia fortalecem colaboração econômica

O embaixador do Equador na Rússia, Julio Prado, assegurou que a Comissão Intergovernamental para a Colaboração, que acontece em Moscou nesta terça-feira (19) e quarta-feira (20), dará continuidade ao fortalecimento dos nexos bilaterais.

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“As relações russo-equatorianas cresceram substancialmente a partir de duas visitas do presidente Rafael Correa a este país em 2009 e 2013”, afirmou o diplomata.

“Essas viagens serviram para impulsionar e estreitar mais os antigos vínculos diplomáticos que em breve completarão 70 anos, e o mais importante é que se trata de uma nova associação estratégica”, sublinhou.

Prado indicou que no momento atual se amplia mais uma aproximação política de ideias pela forma em que Quito e Moscou veem o mundo globalizado, com vários centros de influência, e em marcha para uma ordem cada vez mais multipolar.

“Nossa aproximação com a Rússia a partir das visitas do presidente Correa deu lugar a um crescimento dos vínculos comerciais, especialmente na esfera agroalimentar e de pesca, nos quais nosso país é um exportador importante”, sublinhou.

“Equador é o segundo país da América Latina em relação a quantidade de vendas para a Rússia, só superado pelo Brasil. Nosso comércio ultrapassa os US$ 1,4 bilhões, algo importante para uma nação pequena como a nossa”, ressaltou o embaixador.

Prado explicou que a Comissão Intergovernamental Equador-Rússia tem dois aspectos, o comercial, estratégico e agrícola, e o outro sobre ciência, tecnologia e cooperação.

“Agora vamos enfatizar na primeira parte, comércio, agricultura e pesca. Ciência, tecnologia e cooperação vamos explorar em uma segunda fase, que talvez se realize nos primeiros meses do segundo semestre do ano em curso”, assinalou.

“Nossa relação com a Rússia baseia-se também na assistência e cooperação em projetos emblemáticos e estratégicos para nosso país, e em tal sentido aprofundaremos com empresas do setor energético russo e das ferrovias”, antecipou. “Estão todos os projetos hidrelétricos que formam parte da nova matriz produtiva para a qual hoje transita o Equador para modernizar e mudar a dependência petroleira, e a sessão da Comissão pode ajudar nesse sentido”, afirmou Prado.